Maio_1998 - page 37

Tenho certeza de que a maioria das
pessoas que consegue realização profis–
sionalsãoas queamamoque fazem eque
continuam onhando e lutando por seu
objetivos.
Onde estão
nossos sonhos?
Umapessoasemsonhoé uma pessoa
sem futuro. O sonho
é
nosso condutor,
é
nossamolamestra.
Os
sonhosmaterializados
se tomamobjetivose ninguémconsegue ter
qualidade de vida sem objetivo. E o mais
interessante é que é da qualidade do nosso
objetivo que depende a qualidade da nossa
vida.
Se cada um pensar no próprio
objetivo, talvez consiga identificar com
clareza um objetivo profissional. A
perguntaé:
scrd
queoobjetivoprofissional
é suficiente paraque um humano consiga
SER? Provavelmente, não.
Seconcentrannos toda nossaenergia
noobjetivoprofissional,asensaçãodevazio
continuarámuitopresente.Outrosobjetivos,
como famiIiar,osocial eopessoal?Cadaum
dele cumpre um papel extremamente
importante paraa plenitude doserhumanoe
paraoalcancedoequilíbrioque tantobusca.
Quando se comenta sobre esses 4
níveis
de
objetivos, profissional,
familiru~
social
e pessoal, este último,opessoal,
às
vezesé o
maisdifícil deser identificado, umavezque
só pode ser encontrado se pesquisannos no
nosso íntimo.Trata-se de algo só para nós,
aquilo que explica o porquê da nossa
existência nessemundo.
Fica,então, uma importantepergunta
paracada um de nós pensar na resposta:
Quaisosmeusobjetivos de vida?
O que quero deixar como marca
pessoal?
Autoconhecimento como
primeiro passo
Ne e ponto, o primeiro grande e
importante passo é o autoconhecimento.
Revista da ESPM
-
Maio/Junho de 1998
Quanto mai !> nos conhe–
cemos. mais estamos
acordados e mais estamos
prontos para assumir a vida
de fato. por nós mesmos e
não por aquilo que os
outros acham que seja o
mais certo. E quando
estamos conscientes do
nosso potencial e da nossa
forçae decidimos colocá-los
na direção dos nossos
desejos. à disposição da
humanidade. Percebemos as
malandragens do nosso
pequeno ego e observamos
que somos muito mais do
que ele gostaria e saímos da
mediocridade diária, pas–
sando para um nível de
existência mais sadio, mais
prazeroso, pelo simples fato
de sermais natural.
O trabalho é intenso
para que façamos essa auto
descoberta, até porque não
damos valor a isso. Procu–
ramos tanto os aspectos
externos em tudo que
fazemos, a aprovação dos
outros. as informações nos
livros, nas revistas. nos
jornais, na televisão, que
esquecemos freqüentemente de pes–
quisar nosso imenso banco de dados
interno, que contém todas as respostas
das quais precisamos.
O autoconhecimento requer um
profundo esforço na contemplação
daquilo que vivemos e sentimos. não
para encontrarmos as falhas no outro.
mas pa ra entendermos como
funcionamos, quais nossas reações.
o que ma is nos incomoda. como
lidamos com cada um dos aspectos
da nossa vida. o que somos e o que
que remos ser.
Vale, nesse ponto, um pequeno
exercíc io diário de escrever em um
cade rno, todos os dias, os fatos
principai e o sentimentos gerados.
Será difícil , como quando se começa a
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cavar um buraco na areia, ou quando
se começa a subir uma imensa
montanha, mas, seguramente. com o
hábito, a dificuldade ficará cada vez
menor e trará a beleza das paisagens
de c ima da montanha, ou a alegria da
criança que encontra a água do mar
depois de muito cavar na areia.
É
preciso, também, cultivar algo
de muito precioso. e na nossa
civilização um pouco esquecido: o
silêncio - é impossível escutar a voz
interior em meio à agitação. Deixar a
mente tranqüila c desfrutar do
~ilêncio
é
tão importante como dormir e comer.
ossa saúde mental e psíquica precisa
de um pouco de silêncio, para que
possamos escutar nossa própria voz
interna.
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