Janeiro_2005 - page 74

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J A N E I RO
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F E V E R E I RO
D E
2005–REV I STA DA ESPM
Roberto
Menna Barreto
produtos oriundos do pensamento
concreto. O que implica em reco-
nhecer: foramvitóriasde indivíduos
que, nomomentode sua idéia,
não
pensavamabsolutamente, de forma
alguma, em termos de marketing,
envolvidos que estavam na alegre
e persistentemotivação de resolver
uma questão específica, particu-
larizada, concreta.
Permita-me repetir o que eu disse,
certavez, háumbom tempo, numa
palestra para mais de 500 pessoas,
a respeito de um aparte queme foi
oferecido.
Nunca aceite (se acaso posso dar
um conselho) ter um “problema de
marketing”, porque, nesses termos,
marketing não existe!
Você iria, meramente, patinar em
elucubrações e platitudes analí-
ticas ou teóricas (como se nota, às
vezes, em tantas reuniões de tra-
balho, em certas empresas).
Ao contrário, fixe-se bem no pro-
blema – único, concreto, individua-
lizado – sempre munido de uma
carga substancial de bom-humor,
entusiasmo e irreverência – até que,
de repente, você
receba
a solução!
(Issomesmo, o processo é
passivo
.)
Aí então – e só aí – confira se acaso
esseproblema (liquidado) pertencia
à longa e complexa cadeia de co-
mercialização de sua empresa.
Se acaso pertencia, leitor, você dis-
põe, comomais um prêmio, de um
novo
case
para apresentar no pró-
ximo Congresso de Marketing.
Marketing é uma palavra interes-
sante para aparecer...
depois
que o
problema real, nacadeiadacomer-
cialização, foi resolvido!
Kant provou, através de uma série
de argumentos lógicos impecáveis,
a não-existência deDeus, apresen-
tando, logo a seguir, argumentos
igualmente convincentes sobre Sua
existência.
Nenhuma pretensão de comparar-
Umadasdificuldadesque
àsvezesencontroéade
deixar claro, juntoaalguns
participantes, oqueépensa-
mentoconcreto (“sincrético”,
Piaget)eoqueépensamento
abstrato (“hipotético
dedutivo”, idem).
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