Julho_2006 - page 55

Ilan
Avrichi
59
julho
/
agosto
d e
2 0 0 6 – Revista da ESPM
“Drunk drive is highly prohibited”.
Parachegara seexpressarem inglês,
o chinês precisa muito mais anos
de estudo determinado do que bra-
sileiros ou europeus. Estratégias de
exportação de serviços disponíveis
para indianosserão impossíveispara
osnaturaisdaChinapormuitosanos
ainda, por esta razão.
A questão da eficiência na pro­
dução é outra que vai demorar
a ser conquistada. Numa fábrica
que visitei perto de Pequim, equi-
pamentos importados modernos,
de alta tecnologia e valor eram
abundantes. O nível de organi-
zação industrial, na medida em
que pode ser avaliado por uma
simples visita, pareceuduvidoso.O
estoque em processo pareceu alto,
assim como o número de pessoas
ociosas e aquantidade deoperários
envolvidos em atividades que
poderiam ser automatizadas facil-
mente. Um gerente brasileiro de
uma
joint-venture
sino-americana
disse que omaterial emprocessona
operaçãodaempresaondeatua era,
há dois anos, cerca de 10 vezes
maior que o do Brasil. Depois de
muitoesforçoconseguirabaixarpara
cerca de 5 vezes o nível brasileiro.
Segundo este gerente, os chineses
resistemà reduçãodo estoque e ao
aumento de eficiência. O poder
deles na comunidade local e no
partido dependeria do número
de pessoas que empregam. Este
gerente também se queixou da
tendência dos gerentes locais de
burocratizar os processos.Amaio-
riados gerentes “expatriados” tem
dedividir com gerentes chineses a
gestãodas
joint-ventures
, por força
de acordos que lhes são impostos
pelo governo local. Esse executivo
brasileiro me mostrou, indignado,
uma ordem de compra de um su-
primento de baixo valor, que tinha
sidoassinadoecarimbadopor sete
pessoas. Isto seria o padrão. Ainda
segundo esse brasileiro, o gerente
geral da fábrica, outro representante
da empresa americana, quando fica
muitoaborrecidocomovice-gerente-
geral, um chinês, “seqüestra todos
os carimbosdele”.A situaçãopode
ser particular da organização ou
da região em questão. Contudo,
ao comprar um livro em Xangai,
fui surpreendido com o fato de
terem sido precisos dois carim-
bos para sair da livraria. O caixa
carimbou o livro, quando paguei
minha conta, e um segurança,
próximo à porta, carimbou o
recibo. Talvez os sete carimbos,
na ordem de compra, não sejam
tão excepcionais como julguei
a princípio.
Uma ordem de compra de um
suprimento de baixo valor foi
assinada e carimbada por sete
pessoas. Isto seria o padrão.
O curioso é que, o gerente
geral da fábrica, outro repre-
sentante da empresa ameri-
cana, quando ficamuito abor-
recido com o vice-gerente-
geral, um chinês, “seqüestra
todos os carimbos dele”.
F
F
Os aeroportos chineses,
incluindo o dePequim,
não seriam dotados
ainda de sistemas de
navegação que permi-
tissem o pouso com
nevoeiro, obrigando as
companhias a pararem
de voar, quando o tempo
fecha.
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