Julho_2006 - page 63

Mudanças no papel das
subsidiárias brasileiras
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R e v i s t a d a E S P M –
julho
/
agosto
de
2006
No caso da indústria automotiva,
QUEIROZ
(2004) garante que nos­
sas montadoras passaram por essa
Via Crúcis
: os carros tiveram de ser
adaptados ao ambiente brasileiro, o
quecapacitouo setordeengenharia.
Alémdisso, aexistênciadeummer­
cado exigente pedia segmentação
de modelos a partir da plataforma
básicadesenvolvidanoexterior–por
exemplo, a matriz envia o projeto
hatchback
e a subsidiária brasileira
desenvolve versões sedan e mini-
pickup
sobre omesmomodelo.Tais
desenvolvimentos, exigidos pelas
condições técnicasemercadológicas
brasileiras,aperfeiçoamacompetên­
cia tecnológica das equipes locais.
Mapade localizaçãodas 4maiores
subsidiáriasdoBrasil
Outro exemplo de desenvolvimento nacional é o Fox, da
Volkswagen, carro que habilita a subsidiária brasileira da
fábrica alemã como desenvolvedora demodelos.
F
Pode-se tomar como exemplo a
GeneralMotors doBrasil (GMB), que
começou nos anos 70 adquirindo a
competênciadeadaptar seusmodelos
às condições locais – os automóveis
lançados pela GMB eram projeta­
dos pelaOpel, subsidiária alemã da
corporação. No início dos anos 90
a filial brasileira já tinha avançado
umpouco alémdesses processos de
adaptação, conhecidoscomo“tropi­
calização” do veículo, e adquirido
capacidades técnicas suficientes
paraaconcepção local dederivativos
baseados nosmodelos Opel – como
no caso do Corsa Sedan, do Corsa
PicapeedoAstraSedan. Emmeados
da década, aGMB iniciouoprojeto
“AraraAzul”,que resultounomodelo
Celta, em que a equipe de desen­
volvimentodeproduto foi envolvida
em todas as suas fases. Por fim, no
projetodaminivancompactaMeriva
opapel daGMB foi aindamaisproe-
1...,53,54,55,56,57,58,59,60,61,62 64,65,66,67,68,69,70,71,72,73,...136
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