Julho_2006 - page 131

Orivaldo
O. Gallasso
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2 0 0 6 –RevistadaESPM
da economia da política, o social é
relevado, transformando assim um
dos elementos do processo, que é
o econômico, como sendo o es-
sencial. Outro aspecto relevante é
que os processos econômicos são
regidos pela concorrência e pela
possibilidade da troca tecnológica,
buscade reduçãodecustos, informa-
tização e automação.Neste sentido,
quanto menor o investimento em
tecnologiaedesenvolvimento,maior
adependênciae,conseqüentemente,
a subserviência junto àqueles que
determinamos rumos a serem segui-
dos. Uma das conseqüências deste
processo é que a privatização au-
menta a concentração de riqueza; a
aberturacomercialefinanceiraexpõe
omercado internoàconcorrência in-
ternacional;asempresascompetitivas
sobrevivem, as outrasmorrem.
China: reflexões
profundas a partir
de uma viagem
rápida
IlanAvrichir
pág. 52
Hoje em dia tornou-se impossível
abrir um jornal ou revista sem ser
exposto a informações sobre a
velocidade estonteante em que a
China progride, em direção a tor-
nar-se a potência hegemônica do
séculoXXI.Commenos freqüência,
mas de forma também bastante
aguda, somos expostos a análises
que demonstram que as dificul-
dades e desafios que aquele país
tem de superar, para sequer poder
ser considerado um país desen-
volvido, ainda são enormes. Afi-
nal, a China vai ou não continuar
a se desenvolver no ritmo em que
vem fazendoe se tornar, empoucos
anos, amaior economiadoplaneta?
É estaquestãoqueo autor discute,
a partir de dados que coletou em
uma recente visita à China, na
qual esteve em várias empresas
e conversou com executivos de
vários setores.
Mudanças no papel
das subsidiárias
brasileiras – de
onde viemos e para
onde vamos?
MarcosAmatucci
RobertoCarlosBernardes
pág. 62
Este artigo mostra como as multi-
nacionais no Brasil passaram por
fases distintas de operação e de
motivação para operar no país,
e mostra que, diferentemente do
papel que exerceram durante
mais de cem anos, o fluxo de
conhecimento e a globalizaçãoda
indústria forçamuma internacion-
alizaçãodos serviços de alto valor
–entreeles, odesenvolvimentode
tecnologia – o que oferece, para
países que desenvolveram deter-
minadas competências técnicas,
oportunidades para transformarem
suas subsidiárias demultinacionais
em centros de excelências, expor-
tadores de conhecimento de alto
valor.
Globalização ou
internacionalização
do ensino superior?
ManolitaCorreia Lima
pág. 80
Em razão da universalidade do
conhecimento,desdea suaorigem,
a universidade subverte o local e
alcança contornos internacionais.
Devido à crescente valorizaçãodo
conhecimento formal, este traço
é exponencialmente ampliado e
o sistema de educação superior
transita entre as etapas que carac-
terizam a internacionalização e
a globalização. Neste contexto,
o caráter cultural, associado à
educação internacional, cede lu-
gar para motivações econômicas
à medida que no âmbito da glo-
balização, a educação é transfor-
mada emmercadoria e oferecida
no mercado global. Os elevados
custos da educação impedem que
o Estado seja reconhecido como
o único provedor do ensino e da
pesquisa e favorecem a inclusão
de múltiplos provedores, que
competem no mercado mundial.
Neste contexto, os países desen-
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