Julho_2006 - page 126

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R e v i s t a d a E S P M –
julho
/
agosto
de
2006
Case-Study
país é pequeno, mas relativamente
rico em relação a seus vizinhos.
A oportunidade descortinada nos
exemplos da Bolívia e Paraguai
animou aGOL a replicar a solução
encontrada, aproveitando um per-
noite de uma aeronave em Porto
Alegre. A lógica era a mesma dos
casos anteriores: realizar um vôo
de curta distância a partir de uma
cidadena fronteira, jáatendidapela
malhadoméstica, aumacidade im-
portanteoucapital nopaís vizinho,
contabilizando apenas os custos
variáveis. Com isso, seria possível
aplicar com rentabilidade tarifas
bastante agressivas, desbancando a
concorrência.
Havendo disponibilidade de oferta
no acordo bilateral mantido entre
os dois países e, já sendo a ligação
PortoAlegre aMontevidéuoperada
peloacordobilateral,oque impedia
a aplicaçãodoAcordode Fortaleza
ao casodaGOL, a empresa tevede
se servir do acordo bilateral como
suporte legal de sua operação.
Nesse cenário, a GOL iniciou suas
operações para Montevidéu em
janeiro de 2006, sendo que seus
primeiros vôos já faziam antecipar
uma grande aceitação do serviço.
A expansão
internacional
daGOL: Córdoba
eRosário
Aproveitando a saída daVARIG da
cidade de Córdoba, na Argentina,
em meados de 2005, a GOL im-
plantou vôos para aquela cidade,
a partir de Porto Alegre, iniciando
os serviços em janeiro de 2006,
com três freqüências semanais. O
Acordo de Fortaleza foi usado tam-
bém nesse caso tendo em vista não
haver capacidade disponível para a
Argentina. Este recurso legal pode
ser usado porque se tratava de uma
ligaçãoquenãoenvolviaas capitais
nacionaiseaempresanelaoperando
anteriormente, aVARIG, deixava de
fazê-lo,desobstruindo,assim,aapli-
caçãodoAcordode Fortaleza.
Mais uma vez, o princípio opera-
cional foi aplicado, alocando-se
umaaeronaveempernoiteemPorto
Alegre.Dessamaneira, sóos custos
variáveis respectivos deveriam ser
considerados para a viabilidade
econômica do projeto.
Sendo o mercado de Córdoba ti-
picamente de negócios e, portanto,
carente de atendimento diário,
a GOL estendeu seu avião em
pernoite em Assunção até aquela
cidade Argentina. Dessa maneira,
poder-se-ia sair de Córdoba para o
Brasil seis vezes por semana, três
viaPortoAlegree trêsviaAssunção,
alémdeseoferecerumanovaopção
na ligação Assunção – Córdoba,
anteriormente inexistente.
O vôo de Assunção a Córdoba foi
feitopormeiodosacordosbilaterais
mantidos entre Brasil e Paraguai
e Brasil e Argentina, os quais per-
mitem o transporte de passageiros
em quinta e sexta liberdades.
Novamente, só os custos variáveis
eram relevantes para a viabilidade
daoperação, umavezqueoúltimo
aviãoemquestãoestavaempernoite
emAssunção.
O vôo deAssunção a
Córdoba foi feito por
meio dos acordos bi-
lateraismantidos en-
treBrasil eParaguai e
Brasil eArgentina.
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