Julho_2003 - page 69

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J U L H O
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A G O S T O
D E
2 0 0 3 – R E V I S T A D A E S P M
GRADUADOS
DIFERENCIALQUALITATIVO
A
LAN
K
UHAR
aprendo.”Ele salienta, noentanto,
queamesma facilidadenãoexiste
quando se trata de lidar com rela-
cionamentos interpessoais, conhe-
cimentoque sóadquire trabalhan-
do em grupos, percebendo as ne-
cessidades deumaequipee tendo
um pouco de sabedoria própria.
“Terumaposturadiantedealguém
não se ensina”, completa Kuhar,
que utiliza essa habilidade como
critério para escolha dos estagiá-
riosquecontrata.Mas sódepois, é
claro, de avaliar a boa formação
acadêmica do candidato. “Ter um
grande nome por trás é sempre o
primeiro filtro.”
SEMTEMPO FEIO
A
LESSANDRA
S
AADI
DIVISORDEÁGUAS— EX-ALUNOSDAESPMCONTAMOQUE FAZEMPARASEMANTEREMCOMPETITIVOSNOMERCADO
Formaçãoacadêmicasólida.Esseéo
principal diferencial quando se trata
de colocação profissional, para o
coordenadordomercadodebebidas
de
trade
marketingdaUnilever,Alan
Kuhar, de 27 anos. Formado em
Comunicação Social, ele está sem-
prepreocupadoemseespecializare
conhecer todasasáreasdaprofissão.
Recém-pós-graduadoemAdminis-
tração pela Fundação Getúlio
Vargas, Kuhar está retomando as
aulas de inglês e se organizando
para ter tempo de fazer um
mestrado,provavelmenteemoutra
grandeuniversidade. “Gostodeco-
nhecer diferentes culturas acadê-
micas”,dizele,que fazquestãode
ressaltar,porém,queonomeESPM
sempre pesou nos processos de
seleção pelos quais passou.
“Olhando hoje para trás, percebo
o quanto a formação acadêmica
nosajudaaultrapassarproblemas.”
Foi na ESPM que Kuhar diz ter
aprendidooquedemais importan-
teexisteparaumprofissional:oco-
nhecimentodas relaçõeshumanas.
“Posso não ser bom em finanças,
mas faço um curso qualquer e
Alessandra Saadi, gerente de de-
senvolvimentodeprodutodoDia/
Carrefour, é o tipo de pessoa para
aqualosproblemassãosemprede-
safios. Foi assim que conseguiu
driblar a falta de tempo para cur-
sar Comunicação Social na ESPM
simultaneamenteaDireitonaPUC,
dar conta de um estágio num es-
critório de advocacia e se formar
pouco antes de fazer 23 anos.
A idéiadecursarComunicação sur-
giuda indecisãodoque fazer.“Sem-
pregostei deartesplásticas eche-
guei a passar no vestibular da
Unesp, mas escolhi a ESPM por-
que achei que teriamais chances
profissionais.” A opção acabou
lhe rendendo mais satisfação.
“Disciplinas que já tinha acha-
domuito chatas, como sociolo-
gia e economia, na ESPM eram
muito legais”, conta ela, que as-
sim que acabou a faculdade de
Comunicação, pediu férias do
estágio e começou procurar por
oportunidades em agências de
propaganda.
Novamentedificuldades aparece-
ram, mas nem a falta de vagas,
estágios não remunerados e ex-
cesso de trabalho foram proble-
mas. Decidida a entrar numa
agência, ligou várias vezes para
a DPZ até conseguir um estágio
na área de planejamento estraté-
gico e pesquisa para cobrir férias
de 15 dias de uma funcionária.
“Depoisquedescobri aDPZnun-
ca mais quis saber de Direito”,
diz ela, que acabou ficando seis
meses na agência até ter a dica
da professora da ESPM Flávia
Flamínio sobreumavaganaSika,
ondeacabou trabalhandopor três
anos. Mesmo assim, antes disso,
foram seismeses estagiando sem
remuneração na agência de ma-
nhã, indo à tarde para o escritó-
riodeadvocaciae terminandode
cursar Direito à noite.
Hoje, noDia, num cargo emque
a faixa demercado varia de R$ 3
mil a 7,5mil, Alessandra é tradi-
cionalista na hora de contratar.
Formação e experiência são fun-
damentais para ela. “Porém, a
vontade aprender é tão ou mais
importante do que a formação
acadêmica”, completa.
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