Valores_Marco_2010 - page 105

março
/
abril
de
2010 – R E V I S T A D A E S P M
105
As empresas precisam saber quem são e para que servem
mas minha batalha deve ser no
sentidodeque,aconteçaoqueacon-
tecer, estarei preparado para poder
interagircomonovo.Oquesebusca
na verdade são duas coisas básicas:
amor e paz. OGoogle não ama os
seus consumidores,mas conseguiu
oferecer algo que os consumidores
amam, que é a comunicação entre
os seres humanos. Esse talvez seja
umbom exemplopara as empresas
promoveremsaltosquânticos.Tenho
certeza que essa geração nova está
preparadapara isso,enós temosque
nãoatrapalharecolocá-losna frente
paraque façamoquedeve ser feito.
MÁRIO
– O que estamos vivendo
é uma transitoriedade gigantesca,
que pode ser dividida em questões
absolutas, o que tangencia uma
impermanência e afeta agudamen-
te a cultura de todas as empresas.
Empresascentenáriasestão fadadas
a desaparecer da noite para o dia.
Este é o ladomacro. O ladomicro:
Google, Twitter, Blog’s, Internet
geram uma troca de informações
jamais vista. Esse nível gigantesco
de informação aumenta o conhe-
cimento, mas não a sabedoria. As
pessoas estão commenos tempode
seaprofundar.Asabedoriaéaporta
paraapaz,oamoreapermanência.
Nãoqueapermanênciasejaumob-
jetivohumano,porquesabemosque
um rionãopassapelomesmo lugar
duas vezes, mas isso é a assinatura
de tudo que estamos observando.
Cada vez mais a ciência, em pro-
gressão geométrica e toda a área
que chefio na Escola de Humanas,
emprogressãoaritmética.A ciência
caminhacomumritmoprópriopara
um lugarqueolhamosatravésdeum
telescópio, comotimismo.
ÁLVARO
– E uma coisa que é a
eternidade. Hoje, a pessoa morre,
mas continua eternamente viva no
Orkut – você continua lendo o que
ela escreveu, continua vendo as
fotos dela. Quer dizer, temmuita
coisaacontecendo,quenãoestamos
entendendo ainda.
MÁRIO
– É o que o Alvin Toffler,
em 1970, chamava de novidade,
}
Mesmo a informalidade e a ge-
rência por meio do consumidor
acabam gerando uma cultura.
~
diversidadee transitoriedade. Issoé
algocomoumContodeCarochinha
comparado com o que se vê hoje.
Diariamente,quandoabroos jornais
pelamanhã, me pergunto qual é a
bombadehoje...
ÁLVARO
– Atualmente, a soma
da circulação dos jornais do Brasil
representa4,2milhõesdeexempla-
res por dia num país de quase 200
milhões de habitantes. O que leem
ecomose informamosoutros195,8
milhões?Hoje, achamos que as in-
formações dadas por 195,8milhões
de habitantes émais superficial do
que a que temos –mesmo compor-
tamento do clero e da aristocracia
peranteosburgueses.Então,nossos
estudantes, assim como os 45 mil
candidatos da Unilever, vão cons-
truirum futuromais iluminado,sim.
Essaéaminha crença, éovoto, a fé
que eu deixo para as gerações que
estão aí.
MÁRIO
– E que nós o façamos
também, enquanto professores e
dirigentes das organizações.
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