 
          
            Estado
          
        
        
          
            
              versus
            
          
        
        
          
            sociedade
          
        
        
          
            A
          
        
        
          té que ponto o Estado deve interferir ou mesmo coibir a liberdade de
        
        
          expressão e o comportamento social do indivíduo? Ao levantarmos
        
        
          essa questão como tema da presente edição da
        
        
          
            Revista da ESPM
          
        
        
          , não
        
        
          imaginávamos que provocaríamos tanta controvérsia nas opiniões entre nossos
        
        
          entrevistados e colaboradores. Estamos diante de umamplo espectro que vai des-
        
        
          de a posição dos regimes totalitários, sempre propensos a controlar a sociedade
        
        
          e a situação idílica do homem em seu estado natural que regride à miséria moral
        
        
          e material, como bem lembra Roberto Civita (
        
        
          
            ver artigo na página 10
          
        
        
          ) citando o
        
        
          filósofo inglês Thomas Hobbes.
        
        
          Demodogeral,quantomaisabsolutista foro regime,maiorseráa tendênciaaproibir,
        
        
          coibirou condicionar a liberdade de expressão e de comportamentodos indivíduos.
        
        
          Mas não se pode negar que todos os regimes políticos, totalitários ou democráticos,
        
        
          interferem e limitam a liberdade do indivíduo na sociedade, sob os mais diversos
        
        
          pretextos, muitos deles perfeitamente legítimos. Adolf Hitler, por exemplo, dizia
        
        
          que asmultidões podemgerar forças incontroláveis,mas tornam-se dóceis quando
        
        
          sabemos conduzi-las. No outro extremo, Winston Churchill, adversário de Hitler
        
        
          e defensor da democracia, dizia que não existe opinião pública, mas, sim, opinião
        
        
          publicada, e que é lícito aos governantes fazê-la pender a seu favor.
        
        
          Esse é um dilema que possivelmente acompanhará a humanidade até o fim de
        
        
          sua saga neste mundo. Enquanto isso, queiramos ou não, teremos de conviver
        
        
          com limitações e proibições que nos parecem excessivas, mesmo nos regimes
        
        
          democráticos. Por exemplo, em nome da segurança e do bem-estar públicos,
        
        
          continuaremos a conviver com a proibição do fumo, a obrigatoriedade do uso do
        
        
          cinto de segurança, a proibição da propaganda de medicamentos, as barreiras
        
        
          à propaganda de produtos infantis e muitas outras.  Mas há uma delas que não
        
        
          consigo aceitar: o famigerado plugue de três pinos nos novos aparelhos elétricos
        
        
          e eletrônicos. Talvez nunca faça a substituição das tomadas lá em casa, deixando
        
        
          o assunto para ser resolvido pelos meus herdeiros.
        
        
          No entanto, lembremos sempre que a democracia, que nos é tão cara, depende de
        
        
          três coisas sobre as quais não podemos transigir: liberdade de expressão,organiza-
        
        
          ção e propriedade.Haverá sempremomentos emque teremos de darum“basta!”,e
        
        
          nessesmomentos será imprescindível termos ao nosso lado uma imprensa livre e
        
        
          vigilante,cujo rabo está preso apenas como leitor.Afinal,como já diziaMaquiavel,
        
        
          o poder sustenta apenas o poder.
        
        
          
            Francisco Gracioso
          
        
        
          Presidente do Conselho Editorial
        
        
          PARA ASSINAR, LIGUE: (11) 5085-4508 OU MANDE UM FAX PARA: (11) 5085-4646 - 
        
        
        
          
            EXPEDIENTE
          
        
        
          
            Conselho Editorial
          
        
        
          Francisco Gracioso –
        
        
          Presidente
        
        
          Alexandre Gracioso
        
        
          Hiran Castello Branco
        
        
          Thomaz Souto Corrêa
        
        
          J. RobertoWhitaker Penteado
        
        
          (MTB n
        
        
          o
        
        
          178/01/93)
        
        
          
            Coordenação Editorial
          
        
        
          Lúcia Maria de Souza
        
        
          
            Editora Assistente
          
        
        
          Anna Gabriela Araujo
        
        
          
            Edição de Arte
          
        
        
          Mentes Design
        
        
          
            Ilustração de Capa
          
        
        
          Dorinho Bastos
        
        
          
            Revisão
          
        
        
          Anselmo Teixeira de Vasconcelos
        
        
          Antonio CarlosMoreira
        
        
          Mauro de Barros
        
        
          
            Redação
          
        
        
          Rua Dr. Álvaro Alvim, 123
        
        
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          Editora Referência Gráfica
        
        
          
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          Fernando Chinaglia
        
        
          Distribuidora S/A
        
        
          
            Revista da ESPM
          
        
        
          UmapublicaçãobimestraldaEscola
        
        
          Superior de Propaganda e Marke-
        
        
          ting. Os conceitos emitidos em
        
        
          artigos assinados são de exclusiva
        
        
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          Professores, pesquisadores, consul
        
        
          tores e executivos são convidados a
        
        
          apresentar matérias sobre suas es-
        
        
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