Setembro_2006 - page 59

fatores contribuem sinergicamente
para reforçar aquele poder. Um, a
percepção–noBrasil, ainda lenta,
mas constante – da nossa capaci-
dade de decisão sobre os destinos
da sociedade, como escolhedores
dos governantes pelo voto.Outro,
a evoluçãodos costumes, quenão
mais condenam e até valorizam a
individualidade e aceitam como
motivos legítimos a satisfação da
auto-estima e da busca do “luxo”.
Terceiro, a interação intensa entre
os indivíduos, seja pelo aumento
dos contatos interpessoais, seja
pela mera observação do com-
portamento dos outros, permitida
pela urbanização, por transportes
rápidos,
shopping
centers
, super-
mercados, clubes, cursos, turismo,
centros de entretenimento, sem
falar na universalização da TV.
Quarto, acrescentepopularização
da tecnologia de comunicação
nos traz velocidade na busca de
informações e capacidade de seu
armazenamento; nos dá alcance
mundial, ubiqüidade e seletivi-
dade dos contatos. Os instrumen-
tos tornam-se corriqueiros: do
celular àweb, dasmensagens aos
blogs, podcastings,Orkut,Google,
YouTube.
Já em 1995, os editores da revista
Scientific American
alertavam para
que “A fusão das tecnologias de
computação e comunicação está
promovendo uma transformação
social dedimensões taisque, de tão
vastas, são difíceis de discernir.”
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Como nunca antes, temos oportu-
nidade e estímulos para escolher,
resultantes da distribuição gene-
ralizadadosprodutosnos
shopping
centers
e supermercados, nas ruas
de lojasbaratas, nos “quadriláteros
de luxo”, nos
sites
virtuais.
AASCENSÃO
DASMARCAS
NAHIERARQUIA
DASDECISÕES
EMPRESARIAIS
Nesse ambiente, ganham extraor-
dinário valor as marcas exitosas,
estabelecidas e desejadas pelos
consumidores e compradores ins-
titucionais. Os mercados globali-
zados são custosos e demorados
para as marcas novas conquis-
tarem, assim como fazem custoso
e trabalhoso proteger as marcas
estabelecidas.
O valor de uma marca vitoriosa,
hoje, freqüentemente excede – em
A evolução dos costumes,
que nãomais condenam
e até valorizam a indivi-
dualidade e aceitam como
motivos legítimos a satis-
fação da auto-estima e da
busca do “luxo”.
O faturamento da 10
a
marca, a Levi´s, conta
comumpatrimônio de
“apenas” 2,7bilhões.
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R E V I S T A D A E S P M –
SETEMBRO
/
OUTUBRO
DE
2006
Comunicação
como fator estratégico da empresa
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