TENDÊNCIAS e PERSPECTIVAS
R E V I S T A D A E S P M –
março
/
abril
de
2010
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doOrkut edoFacebook.Aexperiênciami-
diática facilitou e estimulou a adesãomais
rápidadaspessoas.
Portanto,seomundopodesertraduzidoem
umeterno instante–comseupassado, seu
agora e a expectativade futuro interligado
numúnicoclicar–,avidaseespelhounoBig
Brother, deGeorgeOrwell, encarnada em
bites e câmeras, aoque, por iniciativapró-
pria, o indivíduomaisemaisaquiescee se
tornadependente.Assim,afaltadecompre-
ensãogeramaisadrenalinaparafazerparte
eassim fugir daexclusãodigital – fatoque
o tornaria anacrônico. Aomesmo tempo,
o
frenesi
gerado por esta hiperestimulação
representamais
stress
eofertademaispoder
ao homem, estabelecendo, na sua relação
coma tecnologia,umcertosentidomístico,
como uma “nova religiosidade”
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capaz de
gerar alento às contradições, pressões e
ansiedades geradas pela vida cotidiana. A in-
serção social transita obrigatoriamente por uma
inserçãodigital,postoquenesseambienteexistirá
a possibilidade de agregar características incon-
ciliáveis nomundo físico, como “corpo-espírito;
visibilidade-invisibilidade; misticismo-ciência”.
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Avatares,perfisidealizados,fotosquenãorevelam
rostos, posts indiretos e pertencimento amúlti-
plas comunidades comprovam esta afirmação.
O fundamental, sobretudo, é
estar láe fazerparte
,
assumirseulugareserreconhecido.Afinalquanto
valeumaltonúmerode
seguidores
?
Umaquestãomaisampla
que terminologias
Assimcomocadavezmaisse tornadifícil aexis-
tênciadeumaúnicaexplicaçãouniversaldosfatos
4
,
adisseminaçãoda informaçãoéresponsávelpela
inesgotável diversidade de conceitos e de inter-
pretaçõessobreacomunicação.Seantescabiaao
sujeitodar sentidoaosobjetos, hojea forma com
a qual ele tem contato com um objeto ou fato
tambémassumeessepapel, apartirdapremissa
daexperiênciapessoal.Enacomunicaçãoacontece
omesmo:ofocoaindaéoreceptor,nacapacidade
dereconstruirneleosentidooriginaldamensagem
peladaexperiênciaqueesse indivíduo temaoser
exposto a ela, logo, totalmente influenciadopela
formaquegerouseucontato.Emoutraspalavras,
umsuportematerialcompõeamensagemde for-
maapromoverestímuloseécapazdedeterminaro
sentido,oumelhor,aexperiênciaporesseconjunto.
Diante dessa realidade caberia uma revisão, ou
melhor,umaampliaçãodealgunsconceitoscanô-
nicosqueregemacomunicaçãocontemporânea.E
se tornamdefasados termos como
out-of-the-box
,
nomedia
,
bellow
e
above-the-line
.Falaremcomuni-
caçãoé falardemídias,meiosde transmissãode
umamensagemedeconectarpessoas.Logo,não
seria exagero pensar que tudo poderia ser uma
mídia–entendendoqueoprópriotermo,emsi, já
significameio,algomaisamplodoquecomumente
é relacionadoaele–, ondeaanálisesedariapela
capacidadedegerar credibilidade, impactos, am-
plitudeepenetração.Eobservarque,nesteponto,a
questãodaexperiênciapessoaldoreceptorcomeça
O Kindle é um aparelho
portátil criado pela Ama-
zon, que tem como fun-
ção principal ler e-books
(livrosdigitais).Oprimeiro
modelo da plataforma foi
lançadonosEstadosUni-
dos em 2007. A principal
polêmica sobre o Kindle
era que seu fabricante
profetizavaofimdo livro.
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