Maio_2009 - page 49

Edmir
Kuazaqui
maio
/
junho
de
2009 – R e v i s t a d a E S P M
49
Bibliografia
EdmirKuazaqui
Doutor e mestre emAdministração (linhas
depesquisa:Marketing,RecursosHumanos
e Comércio Exterior). Pós-graduado em
Marketing e professor da ESPM. Autor de
livros, consultor e presidente da Academia
deTalentos.
FERREL
,O. C. Éticaempresarial:dilemas, tomadas
dedecisõesecasos.4.ed.RiodeJaneiro:Reichmann
&Affonso,2001.
KUAZAQUI
, Edmir. Marketing internacional:
desenvolvendoconhecimentosecompetênciasem
cenáriosglobais. SãoPaulo:M.Books,2007.
RIFKIN
, Jeremy. O fim dos empregos. São Paulo:
M.Books,2004.
ES
PM
e pequenas empresas temdiminuído
sistematicamente noBrasil, desde ja-
neiro deste ano de 2009, levando-se
emconsideraçãoseudesempenhoem
2008.Os índices oficiais apontaram,
por exemplo, para uma queda de
14,4% em fevereiro nas empresas
paulistas, segundoaFundaçãoSeade
e o Sebrae. O setor mais afetado foi
o industrial, seguido por comércio e
serviços. Diante desse quadro, São
Paulo, opolodeexcelênciaem servi-
ços, temestudadoaadoçãodevárias
ações regionais, como a facilitação
aomicrocréditopeloBancodoPovo,
bem como outrasmedidas por meio
dasSecretariasdeEmpregoeRelações
doTrabalhoeFazenda.
Em tempos de crise internacional, as
economias devem, portanto, ter uma
política industrial dentro de um pla-
nejamento estratégico, que conduza
ao crescimento e desenvolvimento
econômicoesocial.Entreasdiferentes
estratégias a serem adotadas, podem
ser citadas aquelas relacionadas às
oportunidadesparaosempreendedo-
res, dentrodaspossibilidadesde seus
recursos escassos. Como resultado,
pode-seobtera inovaçãoerenovação
periódica de empresas e negócios,
oportunidades e novas propostas
sociais. E énesse contextoque se in-
seremasmicroepequenas empresas
que, em uma realidade planejada,
podem conduzir ao desenvolvimen-
to. Entretanto, emmuitas ocasiões,
emvirtudede faltadecapacidadede
gestãoegeraçãode recursos, opta-se
pelodiscurso vazio, noqual são evi-
denciados os aspectosmotivacionais
dosempreendedoresoumesmopolí-
ticas,semadevidasustentaçãoprática
e realista. Prova desta afirmação é
queograndevolumedeempresasde
microepequenoportequeexportae
sua ínfima participação na pauta de
exportações brasileiras se mantém
há décadas. As micro e pequenas
empresasdeveriamser,numconceito
desustentabilidade, focodeoportuni-
dades, integraçãoe interaçãoregional,
que poderiam se constituir numme-
canismo de estratégia econômica e,
porvezes,de renovaçãoperiódicade
oportunidadesdenegóciose talentos.
Conclusões
A crise internacional proporcionará
o enfraquecimento dos países mais
ricos em relaçãoaos emergentes, em
geral. Provadissoéoprópriodesem-
penhonegativodasmontadorasnorte-
americanas,bemcomooanúnciodo
déficit da Toyota, ícone da indústria
automobilística japonesa, nofinal de
2008. Na contramão, alguns países
emergentes,comooBrasil, terãopos-
sibilidadesdecrescimento.
A crise financeira mundial é mais
uma oportunidade de repensar os
modelos econômicos, sem que haja
adilapidaçãode recursosnaturais.As
práticasquevisamà sustentabilidade
do planeta, geralmente, miram o de-
senvolvimento industrial, visto como
seu grande vilão. E, infelizmente,
comopretextoparanão seprejudicar
aindamaisa indústrianocontextoda
criseglobal,asutentabilidade temsido
assuntodeixadoparadepois.
Tivemos, em 2008, a possibilidade
de retomarBrettonWoodseconstruir
uma nova arquitetura econômica e
financeira no sentido de assegurar
a continuidade de expansão do co-
mércio internacional. Mas existem
diferentesalternativasparaminimizar
os impactos da crise internacional,
seja por intermédio do governo em
projetos de infraestrutura, seja por
meio das empresas, no sentido de
obter soluções duradouras e eficazes
para aumentar o volume de trabalho
e, consequentemente, amanutenção
de postos de trabalho da empresa e
stakeholders
.
Grande parte dos executivos con-
sultados compreende a importância
de programas dentro da ótica da
responsabilidade social; entretanto,
infelizmenteamesmaparcelaentende
que,porvezes,manterasatividadesde
responsabilidadesocialenvolvecustos
e regulações onerosas oumesmo de
caráter duvidoso. Emmuitos casos,
opta-seporprogramas relacionadosà
filantropiaenão,necessariamente, às
práticas sustentáveis.
Este artigo procurou analisar o
contexto da crise internacional e
discutir possibilidades que visam à
minimização dos efeitos da crise,
bemcomoa recuperaçãodoquadro
econômico e social.
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