Revista da ESPM_MAR-ABR_2012

m a r ç o / a b r i l d e 2 0 1 2 – R e v i s t a d a E S P M 131 em questão nossa civilização ociden- tal. A imposição de uma globalização brutal quebrouumaparteda identidade do cidadão. Estamos assistindo a uma massificação do indivíduo, com carac- terísticas de tragédia. Aprendendo com o salmão ILAN AVRICHIR PÁG.80 O artigo parte da análise da ascensão e queda da indústria de salmão chileno para discutir o papel das instituições de fomento, regulação e monitoração para acompetitividadeglobal dasempresase daatividadeeconômicadepaíses emer- gentes de forma geral. A indústria de salmãochilenapropiciaumcasoemque aimportânciadecisivadaatuaçãodessas instituições no estabelecimento, cresci- mento e maturação de um segmento é perfeitamente claro e identificável. O artigo, baseado em trabalhos de pes- quisadoreschilenoseeuropeustambém descrevecomoa fragilidadedas institui- ções reguladoras criou espaço para que as empresas, na busca damaximização de seus resultados, explorassem em excesso o bem comum crítico no caso, a água, e criassem situação favorável ao surgimento de uma pandemia que dizima o salmão e gera grave crise em toda a indústria. O artigo sugere que essa situação mostra a importância do fortalecimentodeinstituiçõesregulado- ras,principalmentenodesenvolvimento esustentaçãode indústriasbaseadasem recursosnaturaisdepaíses emergentes. Bomba-relógio no Oriente Médio LUIZ FELIPE LAMPREIA PÁG. 86 Está cada vez mais aguda a confronta- ção entre o Irã e Israel, apoiado pelos Estados Unidos e pelas potências oci- dentais. Será ainda possível que o Irã detenha sua marcha para tornar-se um país nuclear? Haverá um ataque preventivo às instalações iranianas pela força aérea de Israel? Caso isso ocorra os EstadosUnidos serão levados a intervir? Que consequências haverá em termos de mercado de petróleo, terrorismo, extensão da guerra? Esta é a situação estratégica mais grave que o mundo vive atualmente e que este artigo procura examinar. Melhor do que ontem, pior do que amanhã ADRIANO MALUF AMUI PÁG. 106 Muitasempresasvivemdanostalgiados tempos áureos, quando identificavam suas conquistas, se diferenciavam dos concorrentes e apresentavam fatura- mentos invejáveis. Porém, diante de um cenário em constante movimento, torna-se mais difícil manter a com- petitividade com um mesmo modelo de negócios de sucesso ancorado no passado. Com medo de mudanças, as empresas acabam traçando trajetórias sem inovação e têm dificuldades em sobreviver a todas as mudanças so- cioeconômicas e comportamentais da sociedade. Um legado bem-sucedido deve ser levado em consideração, mas é imprescindível ser cauteloso para que seu uso seja acompanhado de uma análise criteriosa das tendências que movimentamomercado. Flexibilidade, reinvençãoeoolharaguçadoparanovos cenários podem ser um bom caminho. A economia e os novos mercados consumidores EDMIR KUAZAQUI PÁG. 114 Esteartigodiscutea teoriadomarketing internacional frente ao segmento no mercado denominado geração Y, con- textualizando-o historicamente com a realidademundial.Ageraçãoemergente ocupa postos nomercado de trabalho e constitui-se também em parte impor- tante do mercado consumidor, o que acarreta uma série de consequências e impactos sob o ponto de vista da gestão e do planejamento estratégico. Para tratardoassuntocommaispropriedade, além das técnicas bibliográfica e docu- mental, realizou-se uma pesquisa qua- litativa, comempresários, consultores e professores. Foi utilizada uma amostra nãoprobabilísticapor acessogeográfico na cidade de São Paulo, valendo-se de perguntas abertas de razão, que apon- tarampara a visão que as organizações têm desses colaboradores. Felicidade Interna Bruta: um novo indicador de progresso SUSAN ANDREWS PÁG. 120 Desde1970,oButãoutilizaumafórmula diferenciadaparaavaliar aprosperidade nacional, que relacionaobem-estar dos cidadãos à produtividade econômica do pequeno país do Himalaia. Com o surgimento de uma nova economia, o índice criado para medir a Felicidade InternaBruta (FIB) ganhourepercussão mundial.DeacordocomBanKi-Moon, secretário-geral da ONU, é preciso criar um paradigma econômico, que reconheça a paridade entre os três pilares do desenvolvimento susten- tável: bem-estar social, econômico e ambiental.Oassunto temsidodebatido por especialistas de diversos países, que estão em busca do modelo ideal. No futuro, o FIB poderá substituir o famosoPIB(ProdutoInternoBruto). Em junho, apauta serádiscutidanaRio+20, a Conferência das Nações Unidas para o Desenvolvimento Sustentável, que acontece no Rio de Janeiro. ES PM

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