 
          Entre
        
        
          vista
        
        
          
            18
          
        
        
          R E V I S T A D A E S P M –
        
        
          SETEMBRO
        
        
          /
        
        
          OUTUBRO
        
        
          DE
        
        
          2006
        
        
          grupo de comunicaçãodoplaneta
        
        
          não tem um criativo à frente – o
        
        
          WPP é comandado por SirMartin
        
        
          Sorrel, condecorado pela Rainha
        
        
          da Inglaterra. E que tem hoje 60
        
        
          bilhões de dólares em compra de
        
        
          mídianamão.Nenhuma empresa
        
        
          na história da comunicaçãomun-
        
        
          dial teve tal volumede comprade
        
        
          mídiaquanto tem essapessoaque
        
        
          não é oriunda da área de criação,
        
        
          nem é um publicitário, mas sim
        
        
          um “homem de negócios”. Então
        
        
          eu me rotulo assim. Estou há 26
        
        
          anos nessa profissão, mas prefiro
        
        
          que omercadome veja como um
        
        
          homemdenegócios.Acreditoque
        
        
          oprograma tenha ajudado.Tenho
        
        
          a isenção suficientepara convidar
        
        
          o Nizan Guanaes para participar
        
        
          do programa. Para levar o Sergio
        
        
          Valente e sua agência. Sentei à
        
        
          frente do logo da Leo Burnett
        
        
          durante um programa da Fiat.
        
        
          Trouxe o Luiz Lara para o pro-
        
        
          grama das entrevistas juntamente
        
        
          com os presidentes da American
        
        
          Air Lines e da Danone. Antes, já
        
        
          tinha levadoo Fabio Fernandes na
        
        
          segunda edição do programa e o
        
        
          SergioAmado na primeira. Admi-
        
        
          ro essas pessoas e como eles me
        
        
          dão trabalho como concorrentes.
        
        
          No meu livro faço referência ao
        
        
          Washington Olivetto e ao Nizan
        
        
          Guanaes, comoexemplosdoquefize-
        
        
          ram para a publicidade brasileira.
        
        
          Fico lisonjeadoefelizdeterpilotadoum
        
        
          projeto que fez tanto pelo nossomeio
        
        
          com tantosucesso.
        
        
          
            JR
          
        
        
          – E você acha que essa sua
        
        
          atuação pública tem tido sinergia
        
        
          com a sua atuaçãode empresário,
        
        
          à frente do grupo de empresas?
        
        
          
            ROBERTO
          
        
        
          – Não acho que tenha
        
        
          sinergia, mas também não direi
        
        
          que atrapalhe. Só em tempo, pois
        
        
          fico doismeses emeio de um ano
        
        
          inteiro fazendo um programa na
        
        
          televisão. Mas consigo conciliar
        
        
          os horários, de forma que estou
        
        
          no meu escritório todo santo dia.
        
        
          Éuma coisaqueme completa,me
        
        
          deixa feliz, me diverte. A gente
        
        
          temde se divertir comoque faze-
        
        
          mos. Há uma frase que eu adoro:
        
        
          “Felicidadeéumaviagem; nãoum
        
        
          destino”. Eu também falo o que
        
        
          penso, não sou uma pessoa com
        
        
          agenda escondida. O Brasil está
        
        
          precisando de gente que fala o
        
        
          que pensa, pessoasmais sinceras,
        
        
          mais íntegras com o próprio es-
        
        
          tilo. Gosto deme ver na televisão
        
        
          e as pessoas reconhecem o meu
        
        
          trabalho. Meus clientes também
        
        
          respeitamesse trabalho, nãovêem
        
        
          nada que os desabone e nada que
        
        
          atrapalhe na nossa relação.
        
        
          
            JR
          
        
        
          – Uma última pergunta: – nossa
        
        
          
            Revista
          
        
        
          é lida pelos alunos e pelos
        
        
          professores da Escola. Qual o seu
        
        
          conselho, a sua sugestão a esses
        
        
          profissionais jovens que querem ter
        
        
          sucessonessanovapropaganda?
        
        
          
            ROBERTO
          
        
        
          – Para ter sucesso hoje
        
        
          em dia, a primeira coisa é estar
        
        
          muito atento a esse novo mundo
        
        
          que, comoeudisse, no iníciodessa
        
        
          entrevista, ainda vai demorar um
        
        
          poucopara se estabelecer nonosso
        
        
          cenário. Acho que o jovem que se
        
        
          forma agora na ESPM, como em
        
        
          outras universidades, tem de ter
        
        
          certezadequegostadoque faz, ter
        
        
          paixãopeloque faz.Sermuitodeter-
        
        
          minado, ter garra, ser antenado, ser
        
        
          informado, ampliar seushorizontes,
        
        
          enxergar além. Lermuito, entender,
        
        
          sentir, ser sensível aomomentoque
        
        
          seu país e omundo vivem, ter uma
        
        
          visãomacro – as pessoas têm uma
        
        
          visão muito limitada, hoje. Hoje
        
        
          você entra no computador e con-
        
        
          seguesaber tudoquequiser,écapaz
        
        
          deveromapada suacidade, coisas
        
        
          inacreditáveis – não tínhamos esse
        
        
          recurso. Eles têmdeaproveitare sair
        
        
          desse mundinho, dessa casquinha
        
        
          de ovo; às vezes não sabem nem
        
        
          falar nossa língua direito. Quantas
        
        
          vezes,emmeuprograma, tivededar
        
        
          exemplosdepessoasquenãosabem
        
        
          seexpressardireito?Naminhavisão
        
        
          o destino é traçado, namaioria das
        
        
          vezes, por nósmesmos. Uma visão
        
        
          significativa antecede uma reali-
        
        
          zação significativa. Se você pensa
        
        
          grande,enxerga longe,comcerteza,
        
        
          vai chegarmais longe.
        
        
          “O FILMEDACASASBAHIADODIA
        
        
          DASMÃESGANHOUOPRÊMIOCOMO
        
        
          OMELHOR FILMEDEVAREJO.”
        
        
          ES
        
        
          PM