Setembro_2006 - page 14

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R E V I S T A D A E S P M –
SETEMBRO
/
OUTUBRO
DE
2006
grupo de comunicaçãodoplaneta
não tem um criativo à frente – o
WPP é comandado por SirMartin
Sorrel, condecorado pela Rainha
da Inglaterra. E que tem hoje 60
bilhões de dólares em compra de
mídianamão.Nenhuma empresa
na história da comunicaçãomun-
dial teve tal volumede comprade
mídiaquanto tem essapessoaque
não é oriunda da área de criação,
nem é um publicitário, mas sim
um “homem de negócios”. Então
eu me rotulo assim. Estou há 26
anos nessa profissão, mas prefiro
que omercadome veja como um
homemdenegócios.Acreditoque
oprograma tenha ajudado.Tenho
a isenção suficientepara convidar
o Nizan Guanaes para participar
do programa. Para levar o Sergio
Valente e sua agência. Sentei à
frente do logo da Leo Burnett
durante um programa da Fiat.
Trouxe o Luiz Lara para o pro-
grama das entrevistas juntamente
com os presidentes da American
Air Lines e da Danone. Antes, já
tinha levadoo Fabio Fernandes na
segunda edição do programa e o
SergioAmado na primeira. Admi-
ro essas pessoas e como eles me
dão trabalho como concorrentes.
No meu livro faço referência ao
Washington Olivetto e ao Nizan
Guanaes, comoexemplosdoquefize-
ram para a publicidade brasileira.
Fico lisonjeadoefelizdeterpilotadoum
projeto que fez tanto pelo nossomeio
com tantosucesso.
JR
– E você acha que essa sua
atuação pública tem tido sinergia
com a sua atuaçãode empresário,
à frente do grupo de empresas?
ROBERTO
– Não acho que tenha
sinergia, mas também não direi
que atrapalhe. Só em tempo, pois
fico doismeses emeio de um ano
inteiro fazendo um programa na
televisão. Mas consigo conciliar
os horários, de forma que estou
no meu escritório todo santo dia.
Éuma coisaqueme completa,me
deixa feliz, me diverte. A gente
temde se divertir comoque faze-
mos. Há uma frase que eu adoro:
“Felicidadeéumaviagem; nãoum
destino”. Eu também falo o que
penso, não sou uma pessoa com
agenda escondida. O Brasil está
precisando de gente que fala o
que pensa, pessoasmais sinceras,
mais íntegras com o próprio es-
tilo. Gosto deme ver na televisão
e as pessoas reconhecem o meu
trabalho. Meus clientes também
respeitamesse trabalho, nãovêem
nada que os desabone e nada que
atrapalhe na nossa relação.
JR
– Uma última pergunta: – nossa
Revista
é lida pelos alunos e pelos
professores da Escola. Qual o seu
conselho, a sua sugestão a esses
profissionais jovens que querem ter
sucessonessanovapropaganda?
ROBERTO
– Para ter sucesso hoje
em dia, a primeira coisa é estar
muito atento a esse novo mundo
que, comoeudisse, no iníciodessa
entrevista, ainda vai demorar um
poucopara se estabelecer nonosso
cenário. Acho que o jovem que se
forma agora na ESPM, como em
outras universidades, tem de ter
certezadequegostadoque faz, ter
paixãopeloque faz.Sermuitodeter-
minado, ter garra, ser antenado, ser
informado, ampliar seushorizontes,
enxergar além. Lermuito, entender,
sentir, ser sensível aomomentoque
seu país e omundo vivem, ter uma
visãomacro – as pessoas têm uma
visão muito limitada, hoje. Hoje
você entra no computador e con-
seguesaber tudoquequiser,écapaz
deveromapada suacidade, coisas
inacreditáveis – não tínhamos esse
recurso. Eles têmdeaproveitare sair
desse mundinho, dessa casquinha
de ovo; às vezes não sabem nem
falar nossa língua direito. Quantas
vezes,emmeuprograma, tivededar
exemplosdepessoasquenãosabem
seexpressardireito?Naminhavisão
o destino é traçado, namaioria das
vezes, por nósmesmos. Uma visão
significativa antecede uma reali-
zação significativa. Se você pensa
grande,enxerga longe,comcerteza,
vai chegarmais longe.
“O FILMEDACASASBAHIADODIA
DASMÃESGANHOUOPRÊMIOCOMO
OMELHOR FILMEDEVAREJO.”
ES
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