Marco_2005 - page 27

Nossa agência
Internacional
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R E V I S T A D A E S PM–
M A R Ç O
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A B R I L
D E
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sula ibérica. Eduardonão tempres-
sa: “nossaentrada ládeveráaconte-
ceratravésdesociedadescomagên-
cias locais”.Eo formato ideal inclui-
ria clientes dispostos a apostar na
expansão.
ERROS E ACERTOS
Demaneirageral, omercadopubli-
citário da América Latina hoje é
diferentedaqueledehácincoanos.
Estámaiscriativo, eosclientes–ca-
da vez mais abertos – cobram esta
criatividade.A situaçãoeconômica,
nem sempre favorável, de alguns
mercados, dificulta e influencia na
disposição dos clientes de apostar
em idéias novas, arriscar. Trabalhar
by the book
émais seguro.
Avaliaro sucessodoprocessodeex-
pansão da FischerAmérica é uma
tarefacomplexa. Financeiramente,o
projetoatingeopontode
break-even
em algunsmercados. NaArgentina,
a agência já mostra lucros. O ano
passado foioprimeirode
break-even
naColômbia.NaAméricaCentralvia
franchise
damarca–o retornoainda
não pode ser considerado significa-
tivo. NoMéxico, a agência investiu
semobter retorno.
EduardoFischer,contudo,afirmaque
estepodeserumprojetopara–quem
sabe – os netos colherem os frutos
do sucesso. Fischer lembra que ne-
nhuma rede internacional se esta-
beleceu em tão pouco tempo, em
qualquer lugardomundo. “Apropa-
ganda está repleta de exemplos que
comprovam isso e esse foi um dos
nossos grandes aprendizados.”
“O brasileiro não está acostumado
comaespera, o longoprazo; chega
a ficar estupefatocom isso. Eu tam-
bém sou brasileiro. Nós pensá-
vamosquepudesse serdeoutra for-
ma, mas hoje eu sei que, se você
quer construir o que as grandes
companhias americanas e euro-
péiasconstruíram–ao longode tan-
tos anos – temde ter, alémdecom-
petência, paciência.”
“Outro aprendizado: é um erro sair
montando lindos escritórios. Este é
umnegóciodegente,de talento,que
sobe e desce nos elevadores, todos
os dias.Omaior acertoouerrocon-
siste na escolha dos parceiros.” No
México, Eduardo Fischer reconhece
não ter escolhido parceiros adequa-
dos. No Panamá – a certa altura –
também não. Com isso, a operação
doPanamá foi extintaeadoMéxico
teráde ser inteiramente revista.
“Mas eu nunca desisto de nada.
Podemos mudar de área, repensar,
abrir aqui, fechar ali, sair deum seg-
mento, ir para outro. Optamos nos
lançar em algo que ninguém fez.
Somos bandeirantes; cuidado, se ali
temcobraseninguémpode ir, vai-se
pelooutro lado. Se temumpântano,
então pula-se o pântano. Tem
cachoeira? Então use uma corda.
Alguém trouxe a corda? Fabrica-se
uma, com cipó...” (Eduardo Fischer)
“O brasileiro não está acostumado com a espera, o longo
prazo; chega a ficar estupefato com isso.”
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