Sustentabilidade_Janeiro_2010 - page 159

janeiro
/
fevereiro
de
2010 – R E V I S T A D A E S P M
159
1.
LivingPlanet Report
.WWF. 2008.
2.
A safeoperating space for humanity
.
RevistaNature.Vol 461. 24September 2009.
3.
Cooking up a storm: Food, greenhouse gas emis-
sions and our changing climate
. Tara Garnett. Food
ClimateResearchNetwork.Centre forEnvironmental
Strategy.Universityof Surrey. September 2008.
4.
FoodWasteReport:The foodwewaste.
Wrap.April 2008.
5.
Packaging is the answer to world hunger.
Bo
Wallteg, President, International Packaging Press
Organization,
Carl Olsmats,
General Secretary, World Packaging Organization,
6.
EstimatingandAddressingAmerica’s Food
Losses.
FoodLoss. 1997.
7.
O Papel dosBancosdeAlimentonaRedução
doDesperdíciodeAlimentos.
Embrapa. 2007.
8.
Table forOne–Theenergycost to feed
oneperson.
Incpen. July2009.
9.
PLASTICS INDUSTRY’SVIEWON:PLASTICPRO-
DUCTSMADEOF BIOPLASTICS”
.
Plastics Europe. 2009.
meiraeprincipal já foi apresentadano
mitodenúmeroum:garantiraproteção
ao produto. Na segunda dimensão,
dentre as embalagens queprotegemo
produto, deve-se escolher aquela que
implica menos impactos ambientais
medidos segundo a Análise do Ciclo
deVida (ACV). Já a terceira tem a ver
comcomoosmateriaisdeembalagem
secomportamnofimdevida, sejaele
compostagem, aterro sanitário, recicla-
gemquímica, reciclagemmecânicaou
reciclagemenergética.
“Dopontodevistaambiental,decisões
a favordequalquermaterialouproduto
devem estar embasadas em critérios
científicosenaAnálisedoCiclodeVida.
Nemosmateriaistradicionaisnemosde
fonterenovável,biodegradáveisoucom-
postáveisdevemserdiscriminados.”
9
Cemporcentodasem-
balagensdevemserreci-
cladasmecanicamente
A reciclagemmecânica é, sem dúvi-
da, uma meta a ser perseguida, mas
tem limite. Existem casos nos quais o
investimento ambiental para reciclar
mecanicamente uma embalagem su-
peraos impactos relativosà fabricação
de uma nova embalagem. Os hábitos
deconsumoemcadacomunidadesão
determinantesparadefiniropontoideal
de reciclagemmecânica. Nos países
desenvolvidosdaEuropa,porexemplo,
consideradospormuitoscomoreferên-
ciaemsustentabilidade, reciclam-se
mecanicamente entre 20% e 30%
dos plásticos pós-consumo, tendo
comometa 22,5%.
Da mesma forma que não existe um
materialdeembalagemmelhorque to-
dososoutros, nãoexisteuma forma
de manejo de resíduos melhor que
todas as outras. A resposta está na
combinaçãopormeiodaGestão In-
tegradadeResíduos.Umaestratégia
completa para a gestão de resíduos
sólidos urbanos deve contemplar
estações de compostagem (para
os orgânicos), reciclagem em
suas diversas modalidades (quí-
mica, mecânica e energética) e
aterros sanitários.
Dentreasmaioresoportunidadesde
melhoriana gestãode resíduos, por
parte dos países latino-americanos,
destaca-se a reciclagem energética,
umprocessoque recuperaaenergia
contidanoplásticoeoutrosmateriais
dealtopodercalorífico,utilizando-a
para reduzir o volume do lixo e os
efeitos nocivos da biodegradação.
A Europa já tem 420 usinas “Waste
to energy” e os Estados Unidos 98.
O Japão reciclaenergeticamente40
milhões de toneladas de lixo por
ano, reduzindo-o para menos de 4
milhõesde toneladas/anoemcinzas.
Alémde reduzirovolumedo lixoem
até90%,essamodalidadede recicla-
gemgeraenergia renovável, reduza
emissãodos gases de efeito estufa e
gera empregos técnicos. Os países
mais respeitadospor suaspráticasde
reciclagem, compostagem e reúso,
como alguns da Europa Ocidental,
sãoosquemais fazemusodeusinas
“Waste to energy” para lidar com o
que não vale a pena ser aproveita-
do de outras maneiras. Após anos
de educação, conscientização e
leis regulamentando a separação e
reciclagem do lixo, eles chegaram
a impressionantes 70-80% de reci-
clagem energética do lixoplástico.
Concluindo
A “moda” da sustentabilidade pode
levar consumidores e empresas a um
ciclovirtuosopelagarantiado futurodo
planeta. Embalagens com seu po-
tencial de redução de desperdícios
apresentam-secomouma importan-
te ferramenta para as empresas que
enxergam na sustentabilidade uma
possível vantagem competitiva.
Discussão ainda recente, existemmui-
tos conceitos em sustentabilidade que,
todavia,carecemderigorcientífico. Isso
implicaempossíveisriscosdereputação
paraquem tomaposiçõessemodevido
embasamento. No que diz respeito à
embalagem,essesriscospodemsermiti-
gados,afastando-sedosmitosebuscando
averdadecientíficapormeiodaanálise
dociclodevida.
BRUNOPEREIRA
Prof. doNúcleodeEmbalagemdaESPM.
NOTAS
ES
PM
MITO 3:
?
1...,149,150,151,152,153,154,155,156,157,158 160,161,162,163,164,165,166,167,168,169,...184
Powered by FlippingBook