Maio_2005 - page 107

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R E V I S T A D A E S PM –
J U L H O
/
A G O S T O
D E
2 0 0 5
Sum
ário
EXECUTIVO
ComonasceuoCONARou
“disciplinaraéticana
publicidadenãoé tarefa
fácil”
CAIOA.DOMINGUES
pág. 22
O texto é de autoria de Caio Do-
mingues, profissional que dedicou
muito talento e esforço, para tornar
realidade o código de auto-
regulamentação da propaganda
brasileira e constitui umdos capítulos
da obra
História da Propaganda no
Brasil
(IBRACO, 1990). Nele, Caio
relata como nasceu o código, cujo
primeiro texto redigiu, em26horasde
trabalho ininterrupto, baseando-se
“numa pilha de meio metro com os
diversos códigos estrangeiros e um
sem-número de subsídios correlatos”,
acrescidadenumerosascontribuições
que chegavam. O texto foi
apresentado e discutido com
companheiros como Gilberto de
Camargo Barros, Luiz Celso de
Piratininga, Mauro Salles e Geraldo
Alonsoeaparticipação importantedo
jurista José Saulo Ramos. O CONAR
começou como departamento da
ABAP, mas tornou-se independente
como apoiodaAssociaçãoNacional
de Jornais – ANJ, da Associação
Brasileira das Emissoras de Rádio e
Televisão –ABERT – e daAssociação
Nacional dos Editores de Revistas –
ANER. O primeiro diretor executivo
foiGilbertoLeifert,sendosucedidopor
Edney Narchi, atual executivo. O
apoio da mídia foi vital para que o
CONAR pudesse exercer a sua difícil
tarefa de sustar a publicação de
anúncios e comerciais enganosos.
O autor relata alguns dos primeiros
episódios da atuação do órgão, em
relação a campanhas de Artex e
McDonald´s, e descreve a dualidade
de posições de dois grupos que
compõem o CONAR: os “conserva-
dores” eos “criativos”. Conclui obser-
vandoqueocódigoaindanãoanalisa
aspectos de muita delicadeza e
complexidade, como bom-gosto e
qualidade.
CONAR25anos:
éticanaprática
GILBERTOC.LEIFERT
pág. 30
Aocompletar25anos,oCONAR ratifica
os valores que unem a comunidade
publicitáriaeemnomedos quais deseja
fazer por merecer a confiança dos
consumidores, das autoridades e da
própriacomunidadequerepresenta.
Oscompromissossão:
oCONARsemantémprivatista;
oCONARésustentadopelaforçamoral
da ABA, ABAP, ABERT, ANER, ANJ e
CENTRALDEOUTDOOR;
oCONARnãoaceitasubsídiosdoerário;
émantidopelascontribuições financeiras
deseusassociadosesuagovernançaestá
acargodevoluntáriosdasociedadecivil;
o CONAR defende as liberdades de
expressão e de criação indepen-
dentemente de censura, tal como
estabelecidaspelaCartaMagna;
oCONAR reconhecena liberdadede
imprensa e no direito à informação
condições indispensáveis ao Estado
DemocráticodeDireito;
oCONARadvogaodireitodeanunciar
produtos e serviços lícitos, sempre em
conformidadecomasleisecomaética.
OCONAR25anosdepois.
Umbomexemploparaos
nossoscongressistasem
Brasília
FRANCISCOGRACIOSO
pág. 38
Esta edição da
Revista da ESPM
sobre a
liberdade de expressão coincide com a
comemoração do 25º aniversário de
fundaçãodoCONAR–ConselhodeAuto-
Regulamentação Publicitária. Nesses 25
anos, o CONAR já determinou a
interrupção de milhares de anúncios e
comerciais,pordesrespeitoaoespectador,
desvioséticoseproblemasconcorrenciais.
Tudo isto funciona razoavelmente bem,
semamenoringerênciaoucoaçãodeparte
do estado. Mas o código de auto-
regulamentaçãodapropagandaeacriação
deseuórgãoregulador,nãonasceramsem
muita discussão entre anunciantes,
publicitários e veículos, pois estava em
chequeoprincípio sagradoda liberdade
deexpressão.NossoCódigo já serviude
exemploaoutrospaíses.Oautorpropõe:
jáqueoCONARcontribuiuparaelevaro
níveldecredibilidadeeconfiançadanossa
propagandacomercial,porquenãocriar
umequivalenteparaapropagandapolítico-
I STA DA ESPM–
S E T EMB R
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