Marco_2009 - page 38

Inserção internacional comercial
brasileira
R e v i s t a d a E S P M –
março
/
abril
de
2009
38
portes, energiae telecomunicações;
em1970, concedendoempréstimos
paraprojetos sociais ligados,princi-
palmente, àeducaçãoeagricultura;
em 1980, envolvendo as dívidas
externas e estimulando amoderni-
zação de países.
Embora as situações ocorridas difi-
ramemmuitodaatual criseglobal,
cogitou-se, em 2008, uma nova
Conferência de BrettonWoods, no
sentidode tentara recuperaçãoe re-
crudescimentodaeconomiaglobal.
Apartirdesta introdução, estaremos
tratando da situação brasileira e
posteriormente contextualizada no
cenário internacional.
A evoluçãocomercial
brasileira em 2008
Podemos analisar o desempenho
do Brasil em dois momentos: no
primeiro semestre, que acompa-
nhou de certa forma as tendências
de manutenção da participação
brasileira no comércio exterior,
e, no segundo semestre, onde os
reflexos da crise econômica inter-
nacionalnãochegarama influenciar
fortemente os números da balança
comercialbrasileira,mas reduziram
o ritmodecrescimentoprevistopelo
governo. No primeiro semestre, o
comércio exterior brasileiro man-
teve-se quase na mesma dinâmica
dos anos anteriores, onde as expor-
tações somaramUS$ 90 bilhões e
as importações atingiram US$ 79
bilhões. Com isso, o intercâmbio
comercial brasileiro atingiu US$
169 bilhões, com um superávit de
US$11bilhões.As exportaçõesdas
trêscategoriasdeprodutos (básicos,
semimanufaturados e manufatu-
rados) mantiveram-se na mesma
tendência dos anos anteriores. As
exportaçõesdebensmanufaturados
responderam por cerca de 48% da
pauta de exportações. As importa-
ções apresentaram forte correlação
com os investimentos produtivos.
A aquisição de matérias-primas e
intermediários representou cerca
de 48% da pauta total e a de bens
decapital, 20%.Nesteano, aumen-
taram as exportações para a Ásia,
Europa Oriental, Oriente Médio e
África, o que significou uma rele-
vante diversificação de mercados
importadores.O segundo semestre
sofreu parte das influências exter-
nas e até o início de dezembro de
2008 as exportações brasileiras
somaram em torno de US$ 194
bilhões e as importações em torno
de 170 bilhões, com um superávit
inferior ao ano anterior.
O efeitodacrise
internacional e
as eleiçõesnorte-
americanas
A crise atual difere da dos anos 90,
quandoa tentativadeatrairos recur-
sosvoláteisampliavaadependência
dos fluxos de capital internacional.
Coma liçãoaprendidaeno sentido
deatenuar acrisemas nãoeliminá-
la, no Brasil haverá a continuidade
dacontençãodoendividamento in-
ternoeexterno,acúmulode reservas
ea recuperaçãodos programas que
sustentem o desenvolvimento de
recursos naturais como os setores
de mineração e siderurgia. Com
reservas internacionais mais robus-
tas e ummenor endividamento, as
relações comerciais entre os países
vizinhos serão fortalecidas, e pela
formalização, emmaiode2008, da
Unasul (UniãodasNaçõesSul-Ame-
ricanas), que reúne doze países da
América do Sul, um dos principais
centros consumidores e produtores
de alimentos e energia, visando
aprofundar a integração comercial
da região. Esse novo organismo
tem como objetivos principais a
solidificaçãopormeioda integração
física, energética, de telecomunica-
ções, educação e ciência que virá
por meio da coordenação política,
econômica e social da região.
A posse de Barack Obama em ja-
neiro de 2009 possui o simbolismo
A crise atual difere da dos anos 90, quando a tentativa de
atrair os recursos voláteis ampliavam a dependência dos
fluxos de capital internacional.
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