MAI-JUN-2011

F aço minhas as palavras de Sarah Lacy, editora sênior do site TechCrunch e autora do livro Brilliant, crazy, cocky ( Brilhante, louco, convencido , em livre tradução do inglês): “no século 21, o quando uma pessoa nasce é muito mais importante do que o onde”. Lacy baseou sua conclusão em trajetórias exito­ sas de jovens empreendedores de países emer­ gentes. Sem surpresa, entre eles estão muitos brasileiros que vislumbraram na tecnologia a trilha para o sucesso profissional. Um dos destaques é Marco Gomes, que saiu de Gama, cidade satélite de Brasília, para fundar uma agência de publicidade na capital paulista. Na bagagem, trazia apenas os conhecimentos de programação obtidos em apostilas baixadas da internet emnoites insones e alguma experiência prática adquirida em estágios. Um leitor mais crítico pode até pensar que Lacy faz um recorte da realidade privilegiando casos excepcionais. Mas, commaior probabilidade, talvez tenha pre­ ferido destacar o peso do esforço pessoal como alavanca para avanços nomercado de trabalho. O case de Marco Gomes serve de indicador para os jovens da famosa geração Y que, apesar da impaciência, ainda têm um bom caminho a per­ correr para conquistar espaço no mundo do tra­ balho. Caminho no qual não faltam obstáculos: as escolas que oferecem cursos descompassados com o mercado de trabalho; empresas cada vez mais exigentes na hora da contratação; falta de políticas públicas que estimulem, na dimensão desejável, a capacitação de jovens para atender à Ponto de vista ES PM demandademão-de-obraqualificada e emcons­ tante aprimoramento – requisito básico para o sucessonesta era do conhecimento –, e por aí vai. Resultadodo conjuntode dificuldades: enquanto sobram vagas promissoras, milhares de jovens ficam do lado de fora do mercado de trabalho. Mas estudantes de olharmais esperto logodetec­ tamque, apesar do cenárionegativo, eles contam com alguns facilitadores de boa valia. Entre eles, o CIEE desponta como o mais ativo parceiro de novos talentos, ao propiciar inestimável expe­ riênciapráticaamilharesdeestagiários ávidospor complementar a teoria acadêmica coma vivência do ambiente de trabalho,mirando asmilhares de histórias de sucesso que começaram exatamente com um bom estágio. Com quase meio século de expertise em inclusão profissional, o CIEE se aprimora e se moderniza constantemente para atuar como eficiente (e quase solitária) ponte entre os mundos do saber e do fazer. Seu papel não se limita a encaminhar candidatos às 20 mil vagas de estágio que oferece emmédia por mês. Tambémdisponibilizaaos jovensumamplo leque de serviços gratuitos voltados a desenvolvimento pessoal e profissional – e, portanto, agregando valores aos currículos, tanto com ações presen­ ciais (palestras, espetáculos teatrais e musicais, seminários, oficinas, feiras), quantopela internet, promovendo cursos de educação a distância, editando livros e revistas digitais e postando informações valiosas para que realizem verda­ deiros estágios de qualidade. Portanto, no CIEE é assim: só não avança quem não quer. Luiz Gonzaga Bertelli - é presidente executivo do Centro de Integração Empresa-Escola – CIEE, da Academia Paulista de História – APH e diretor da Fiesp. LUIZ GONZAGA BERTELLI A conquista da empregabilidade

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