Revista da ESPM

janeiro / fevereiro de 2011 – R E V I S T A D A E S P M 97 as nossas rotinas. O controle de frequências nas formações foi o seu maior desafio. Lojistas não gostam muito de salas de aula, muito menos pós-laboral, porque estão cansados. Mas, mesmo assim, o efeito princi- pal aconteceu. Eles se integraram mais, discutirammais e adquiriram novos conhecimentos. Isso foi fun- damental para tê-los envolvidos. No final da 1 a fase muitos deles ficaram melancólicos porque teriam de “an- dar com as próprias pernas”, como sempre digo. Estoques altos, lojas antiquadas, comportamentos retrógrados, no- CURIOSIDADES A CAMISETA POLO DO PROJETO +COMÉRCIO ACABOU POR VIRAR UM ÍCONE, PRINCIPALMENTE POR CONTA DOS FLASH MOB, E OS JOVENS VIVEM PEDINDO UMA, ALGUNS ATÉ CONSEGUIRAM UM EXEMPLAR NO “MERCADO NEGRO”. DONOS DE RESTAURAN- TES E DE EMPRESAS DE SERVIÇOS RECLAMARAM POR NÃO PODEREM PAR- TICIPAR, COMERCIANTES DA ÁREA FORA DO “PEN- TÁGONO” TAMBÉM. TIVEMOS UMA LOJA DE TATUAGENS NO PROJE- TO, QUE TAMBÉM VENDIA PRODUTOS, PIERCINGS, ROUPAS DE MARCA PRÓ- PRIA E TC... E ALGUNS CONSULTORES VIRARAM CLIENTES. AS LOJAS DE SAPATOS FEMININOS TAMBÉM GANHARAM GRANDES CLIENTES, AFINAL ERAM 18 MULHERES NO PROJETO. OS CONSULTORES MERGULHARAM FUNDO NO PROJETO, E-MAILS DIÁRIOS DE RELATÓRIOS ERAM ENVIADOS E RES- PONDIDOS ATÉ DURANTE A MADRUGADA. UMA DAS NOSSAS CON- SULTORAS RECRUTOU AS OUTRAS E FORAM FAZER UM MUTIRÃO PARA ARRUMAR UMA GRANDE LOJA DE PRESENTES, JUNTAMENTE COM SUA PROPRIETÁRIA, NO SÁBADO. EU MESMO ENTREI NUMA VITRINE, EM UMA VISITA, E ARRUMEI-A PARA VEN- DER MAIS. DUAS SENHORAS DE MAIS DE 70 ANOS, ALEMÃS, ENTRARAM E DANÇARAM, DE IMPROVI- SO, NO 1 o FLASH MOB . NUMA VISITA, CON- FORME FALÁVAMOS NOSSAS SUGESTÕES, OS FUNCIONÁRIOS JÁ IAM MODIFICANDO A LOJA – O PROPRIETÁRIO HAVIA DADO ESTA ORDEM. ções promocionais erradas, rela- cionamentos improdutivos com fornecedores, relacionamentos com clientes, idem; tudo isso entrou em extinção. O centro do Funchal agora respira outros ares e o consumidor percebe isso. Quando quer especia- lidade, não vai ao shopping, vai pri- meiro ao centro, um posicionamento difícil de se idealizar e divulgar, mas que aos poucos firma suas raízes e se fixa na mente das pessoas. As parcerias entre lojas também tiveram destaque: o caso da Opus- tribo decorações com a sapataria AGE ficou um espetáculo visual para os consumidores e gerou vendas adicionais para os dois lados. Ainda há muito o que realizar, mas que depende mais da área pública, que é mais difícil, apesar de não deixarmos de solicitar pequenas anistias e mudanças, para não afo- gar os lojistas de rua em problemas e sim apoiá-los. Vamos para a segunda fase agora: mais 64 empresas, totalizando 128 casos que merecem o adesivo que têm na porta e os bottons que têm no peito dos seus colaboradores. EDSON ZOGBI Especialista emGestão da Inovação, Planejamento e Marketing do Comércio e Consumo; diretor geral da Poliscenário (www.poliscenario.com ), emLisboa. Conselheiro deMarketing e Inovação; conferencista; professor e autor de 5 livros e de 33 DVDs didáticos. ES PM O P rojeto +COMÉRCIO é uma iniciativa da ACIF-CCIM, A ssociação C omercial e I ndustrial do F unchal – C âmara do C omércio e I ndústria da M adeira em conjunto com a RH mais O rgani - zação e G estão de R ecursos H umanos SA, que me contratou para D irigir este projeto .

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