Revista da ESPM

R E V I S T A D A E S P M – janeiro / fevereiro de 2011 94 maioria imaginava no diagnóstico realiza- do antes do início do projeto. Também não compete com a internet. O comércio de rua é complementar ao dos shoppings e deve usar a internet a seu favor, buscando diferenciar- -se através da especialidade, que foi uma das estratégias indicadas para a maioria deles. É claro que, se as lojas fossem um “lego”, as soluções de geomarketing seriam imediatas, bastava concentrá-las mais para o centro do Funchal que imediatamente teríamos um shopping a céu aberto, mas o mundo não é assim, muito menos na Europa. Os locadores de espaços comerciais tradi- cionais nem sempre estão dispostos a ceder, abaixando preços dos aluguéis ou retirando as luvas (que são contra a lei, mas persistem), às vezes preferem deixar o imóvel fechado, deteriorando-se, do que permitir que o em- preendedorismo avance. Então tínhamos, no começo, uma intempé- rie destrutiva: comerciantes desatualizados, problemas de sucessão, problemas de geo- marketing e mais alguns do tipo “lojista nas mãos do(s) fornecedor(es)”. Os conteúdos das formações e ações foram específicos para o comércio, mesmo os três especialistas (finanças, atendimento e visual merchandising, e compras e gestão de estoques) foram orientados a estudar e adaptar seus conteúdos à realidade local, nada de pacotes prontos, por isso o resul- tado superou expectativas. Cada consultor atendeu a quatro lojas, cada loja teve sua visita semanal e suas pastas, uma em nosso quartel general e outra em suas mãos, na loja. Os estudos e orientações, em seis meses de consultoria, chegaram a mais de 200 páginas por empresa, quase 13.000 folhas no total. Analisar uma pasta destas é um prazer, elas seguem um eixo central, que coloquei como rota principal do projeto, mas o universo diferenciado das lojas, somado ao tipo de aprendizagem e estilo de cada con- sultor, gerou conteúdos interessantíssimos. Apesar dessa customização toda, foi funda- mental criar desde o começo um sentido de equipe forte, onde todos ajudaram a todos o tempo todo. Uma consultora designer ajudou os outros com layouts de logotipos e fachadas; uma consultora de marketing ajudou nos planos de comunicação; outra fez plantas de lojas em 3D; outra conhecia os protocolos para desenrascar papéis nas áreas públicas, e assim

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