Revista da ESPM
R E V I S T A D A E S P M – janeiro / fevereiro de 2011 82 } Temos maturidade suficiente para desenvolver um modelo de shopping brasileiro. ~ benefício, agregou valor para a minha saúde aome oferecer essa caminhada. MÁRIO RENÉ – Como se comunicar como jovemmais antenado? KELLER – As lojas é que vão fazer a primeira transformação, vejaoexemplo da FNAC. Antes, não se tinha uma FNAC no Brasil ou ainda uma Saraiva que hoje oferece café, jogos eletrônicos e uma série de produtos. Isso aconteceu naturalmente, é umprocesso evolutivo. GEORGE – Uma pergunta mais fácil: quem dos senhores usa o Twitter? Por- quehojeageraçãoqueestamosreceben- do é a do Twitter. E todos os shoppings estão tentando tratar o site como uma ferramenta adicional. Está totalmente errado. Ele precisa ser tratado como re- sultadodainterligaçãodosprodutosque existemnaqueleempreendimento.Para dar umexemplo, oShopping Interlagos desenvolveu um trabalho e hoje tem42 mil seguidores que acompanham suas informações e tudo o que ele oferece. PASTORE –Que tipo de informação? GEORGE – Por exemplo: na semana passada foi colocada a informação de que uma determinada loja tinha um GPS. Falou-se sobre GPS. Em quatro minutos, eles tiveram 620 acessos e venderam todos os aparelhos. PASTORE – Acompanhando seu ra- ciocínio, com esses 40 mil seguidores, esse shopping está formando que tipo de seguidor? GEORGE –Nãoéoseguidorderelações humanas, é de informação comercial. PASTORE – Interessado emdescontos e oportunidades. Se isso fizer parte da estratégia do shopping, está perfeito, se nãofizer,éumproblema.Oqueoshop ping tem de bom que pode distribuir? Emqueéespecializado?Oqueelepode gerar de conteúdo para a comunidade? KELLER –Há15anos, oPãodeAçúcar faz vendas on-line... GEORGE –Édiferente.Oshoppingnão deve fazer vendas on-line. É a consulta, não quero vender, quero que a pessoa vá ao shopping. PASTORE – Ele divulgou uma pro- moção. GEORGE –Éumcentrodeinformações on-line, que traz público para aquele empreendimento. Por exemplo, o sho- ppingAricanduvadivulgouosorteiode ingressos para seus cinemas. A pessoa acionavaosite,assistiaao trailer epartici- pavadaação.Aíeletomouainterligação comoproduto e como shopping. É isso que quero dizer. MARINHO – Você está analisando a Geração Y com a sua cabeça de Gera- ção Baby Boomer. A maior parte dos brasileiros, que acessa a internet, entra nas redes sociais, que são, por natureza, interativas.Fizumapalestranocongres- so da ABRASCE sobre redes sociais em shoppings centers. Pesquisamos 220 associados e vimos que a grande maioria está no Twitter, Facebook e Orkut,masestáreproduzindonasredes sociais amesma coisa que está fazendo natelevisão.CheganoYouTubeecoloca o comercial do shopping ou vai para o Twitteranunciaraaberturadeloja,ofer- ta e evento. Está errado. Anatureza das redes sociais é a interação. Você fala, a pessoaresponde.Sevocênãoresponde, não estabelece conexão. KELLER –Amaneirade falar comessa classeé fazeroqueestásendo feitohoje, como oMorumbi Shopping, que tem a FNACcomprodutosrelacionadosaessa faixa etária. É só você entrar em uma
Made with FlippingBook
RkJQdWJsaXNoZXIy NDQ1MTcx