Revista da ESPM

R E V I S T A D A E S P M – janeiro / fevereiro de 2011 68 O segundo shopping da cidade foi o Ibirapue- ra, aberto em 1976. Interessante lembrar que o primeiro logo do Ibirapuera foi criado pelo escritório CauduroMartino, umdos principais na área de identidade visual e corporativa no país. Amarca atualmente usada pelo shopping é um redesenho da original. Nesse empreen- dimento já se levou em conta o aproveitamento de toda a área locável possível. Trata-se de um caixote com pés-direitos baixos onde, além de não se usar luz natural, manteve-se, num primeiro momento, a iluminação baixa nos corredores para que as lojas se destacassem ainda mais. A percepção era de um shopping muito escuro, percepção essa que foi sendo eliminada em reformas. Por sua localização, disponibilidade e tamanho de terreno, confi- gura um shopping vertical, atualmente com quatro pisos de lojas e seis de estacionamento. O Shopping Eldorado foi inaugurado em 1981. Trazia muitas novidades; era o primeiro com um hipermercado e o primeiro com elementos luxuosos e uma fachada surpreendente. As fachadas de vidro, com os dois átrios de pés- -direitos altíssimos, impressionavam. Acaba- mentos sofisticados, commuito uso de granito, gesso e latão, chegando até a exibir candelabros de cristal. O layout dos malls seguia um prin- cípio segundo o qual se devia levar o cliente a perder-se para que visse mais lojas, esquecesse a vida lá fora e permanecesse o maior tempo possível passeando. Isso, felizmente, foi sendo amenizado com os anos. O Center Norte veio com um conceito total- mente horizontal, térreo, em 1984. A ideia era para que o frequentador se sentisse andando por ruas, como por uma cidade. As alamedas são largas, os pés-direitos altos, com ilumi- nação natural (zenital) e utilizando materiais despojados. Ao contrário de empreendimentos localizados em zonas mais centrais, possuía terreno para evitar a verticalização e para amplos estacionamentos planos, ao ar livre. Em 1992 foi inaugurado o Shopping Tamboré, nosso primeiro shopping aberto. Apresentava corredor e lojas de um lado, jardins descober- tos no centro e corredor e lojas do outro lado. Com o tempo – e ampliações – acabou tendo áreas fechadas, mas este é um conceito que sempre volta como tendência, como veremos O conceito totalmente horizontal e térreo do Center Norte trasmite ao frequentador do shop­ ping a ideia de andar pe­ las ruas de uma cidade. © Center Norte

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