Revista da ESPM
R E V I S T A D A E S P M – janeiro / fevereiro de 2011 32 Todo mundo tem de ajudar para que as coisas andem bem. Abelha rainha é só oCliente. Ao invés de sair pro- curando ele é que temde receber tudode bandeja. E zangão só dá para ser se as coisas não anda- rem conforme o combinado. Aí todo mundo pode ser zangão figurado, com todo mundo que não cumpra seu papel. Papéis trocados E o sucesso da nossa colmeia? Como deveria ser medido? Todo mundo sabe que a nossa colmeia demora a se firmar. E a maturidade às vezes nem chega. Os shoppings são marcas que têm de ser construídas. E que demoram para se firmar e conquistar reputação no local onde surgiram. A grande verdade é que quem vai gerar todo o resultado e reputação para o shopping é o lojista. É ele quem tem a maioria dos relacionamentos ativos com o Cliente. É ele quem entrega o mel. Aqui as coisas começam a se diferenciar. O dilema dos shoppings é muito diferente do da colmeia. Enquanto na colmeia todos lutam pela mesma causa, nos shoppings cada dono de loja tem um objetivo diferente. Na colmeia a autoridade da abelha-rainha e do zangão não pode nem deve ser questiona- da. A relação na colmeia é a de uma missão. A relação no shopping é causa. Nosso pai, o Aurélio, define: missão é obrigação, compro- misso, dever a cumprir. Relações movidas a missão remetem a obe- diência, controle e submissão. Em shoppings movidos a missão, os lojistas trabalham com energia própria e não contam com nenhuma motivação do shopping para fazerem o algo mais que vai ajudar o shopping a ser reconhe- cido mais rapidamente ou garantir reputação por mais tempo. No mesmo Aurélio, causa é relação entre um ser inteligente e o ato que ele praticou volun- tariamente e pelo qual é responsável. Relações movidas a causa geram uma energia muitomaior. No shopping deveria existir uma causa única para todos: qualquer uma. Pode ser o shopping se tornar o melhor shopping da cidade em atendimento, ou rapidez. O empreendedor que não estiver consciente disso jamais vai construir shoppings perenes. Agente comunitário Quem deve ter a iniciativa de começar um processo de alinhamento estratégico por uma causa? Quem deveria iniciar a construção de uma causa? Quem deveria liderar ações de suporte para o desenvolvimento da comuni- dade? O empreendedor? O administrador? Os lojistas por meio da associação de lojistas? Não sei se é o caso de onde vocês habitam, mas as associações de franqueados de que participei ou de lojistas com quem convivi são muito engraçadas. Enquanto elas não existem, a entidade superior é a vítima das reclamações. O dono da franquia, o empre- endedor do shopping. Bastou a nomeação do presidente da associação para que a inveja Somar esforços e en- tender que a soma traz melhor resultado para a comunidadeéalgoqueo shopping deve estimular em todos os setores. Os players devem falar a mesma língua, sua or- ganização é essencial.
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