Revista da ESPM

janeiro / fevereiro de 2011 – R E V I S T A D A E S P M 17 } Hoje, o setor gera cerca de 750 mil empregos diretos. Esses números explicam, por exemplo, o desejo e a motivação das pessoas em optarem por trabalhar primeiro em shopping. ~ L u i z F e r n a n d o P i n t o V e i g a tos. Temos uma previsão para 2011 e quando se fala de um período de um ou dois anos na frente, são coisas absolutamente garantidas porque o shopping que vai ser inaugurado em 2011, por exemplo, neste momento já está com dois terços da sua construção pronta. Em 2011, teremos mais 27 novos empreendimentos. E, em 2012, mais 35 serão inaugurados. Ao todo, no período de 2009 a 2012, 92 shoppings serão construídos no Brasil. GRACIOSO – Praticamente 25% de cres­ cimento em dois ou três anos. LUIZ FERNANDO – Exatamente. Esse mer- cado representa, aproximadamente, 18,3% do mercado de varejo brasileiro. GRACIOSO – Isso incluiu postos de ga­ solina? LUIZ FERNANDO – Não, sem postos de ga- solina ou indústria automobilística. PASTORE – Inclui alimentos? LUIZ FERNANDO – Sim. Em 2009, registra- mos um faturamento de R$ 71 bilhões. Hoje, o setor gera cerca de 750 mil empregos diretos. Esses números explicam, por exemplo, o desejo e a motivação das pessoas em optarem por trabalhar primeiro em shopping. Quando falo em 92 estabelecimentos em quatro anos, estou falando também em 92 superintendentes de shopping, 92 gerentes de operações, de segu- rança, de marketing… Essa demanda justifica o acordo que temos com a ESPM e a procura das pessoas por esse tipo de curso. O mesmo acontece com a INSPER – antigo IBMEC – onde estamos começando uma segunda turma de pós-graduação num nível mais elevado. Temos também um convênio com o Interna- tional Council of Shopping Centers (ICSC), a maior entidade do mundo no assunto, que é nossa parceira americana para a realização de eventos. Estamos abrindo um cenário muito bom para os empregos no Brasil. O primeiro semestre de 2009 foi de susto, as vendas caí­ ram. Mas a partir de junho não havia mais o perigo de a crise internacional chegar aqui e começamos a reagir até fechar o ano com um crescimento de 9,97% sobre 2008. Começamos 2010 ainda preocupados comos efeitos da crise, mas imaginando que o crescimento voltaria a acontecer. Fiz uma projeção conservadora de 12% de aumento para este ano. Como resul- tado, fechamos o mês de setembro com um acumulado de 14% de aumento e para 2010, nossa previsão passou a ser de 15%, o que vai nos levar próximos a R$ 85 bilhões de fatura- mento para este ano. PASTORE – Excelente desempenho. GRACIOSO – E as perspectivas para o futuro são de números bem acima da inflação? LUIZ FERNANDO – Muito acima. Nosso negócio tem uma característica bem interes- sante quando comparado com o varejo, de um modo geral: em épocas de crise, nós caímos menos do que o varejo como um todo; já em épocas de vacas gordas, crescemos mais do que o setor varejista, o que indica que, cada vez mais, o público está caminhando para o shopping center. GRACIOSO – Talvez porque o shopping ainda tenha as classes A, B e C1 como referenciais.

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