Revista da ESPM - SETEMBRO_OUTUBRO-2010
setembro / outubro de 2010 – R E V I S T A D A E S P M 97 Acompanhando de perto as novas tendências no mercado publicitário, o curso de Propaganda que oferecemos constitui-se em oportunidade rica e original para que o aluno apreenda toda a complexidade das relações e articulações que dão solidez aos processos de comunicação com o mercado , atravésdosquais as empresas contempo râneas buscam se relacionar com seus diferentes públicos de interesse ou stakeholders . Acrescente- se a isso o aporte intelectual e a vivência dosmais competentes profissionais de mercado que, ao lado de doutores, mestres e especialistas, atuam nas salas de aulas e laboratórios, transformando o curso de Publicidade e Propaganda da ESPM em uma experiência única. Ao mesmo tempo o curso também soube apro priar-se da expertise na área de gestão e negócios que a Escola desenvolveu ao longo dos últimos anos. O aporte do Design, por sua vez, foi extre mamente importante, sobretudo nummomento em que, no campo da criação , especialmente, profissionaisdedesignepropagandaaproximam- se no mercado, o que pode ser visto com clareza, principalmente em empresas que cuidam de gestão de marca ou branding . Começa a se de senvolver uma área nova de criação que cruza, com habilidade e riqueza crescentes, as matrizes da publicidade com aquelas do design. Novos e desafiadores ambientes para a comunicação Mas por que todo esse recuo na história para falar do Jornalismo? Istosedeveao fatodeacreditarmos que este seja o terreno sobre o qual nasce a nossa proposta de um curso novo de Jornalismo, capaz de partir de uma forte sinergia com a experiência que a Escola vem acumulando, ao longo dos últi mos anos, nos campos da comunicação, gestão e negócios. Isso nos permite, por sua vez, desenhar umcursoqueultrapassaameracapacitaçãotécnica do aluno e que ofereça conteúdos importantes para a compreensão do ambiente no qual a infor mação e a notícia são hoje produzidas, situando o jornalismo enquanto prática discursiva no campo da comunicação, bem como importante atividade de negócio. O novo ambiente em que se desenvolve hojeo jornalismo–marcadopela interati vidade viabilizada pela tecnologia digital, pela produção e troca de informação em temporealepelarelativizaçãodafigurado jornalistaenquantoautoridadediscursiva hegemônica, no campo da produção de notícia – é salientado, por exemplo, nas Diretrizes Curriculares Nacionais para o Cursode Jornalismo , apresentadasno Rela- tóriodaComissãodeEspecialistas ,instituída peloMinistériodaEducação, porPortaria n o 203/2009, de 12 de fevereiro de 2009. Ao final de exaustivo estudo sobre os efeitos das descobertas tecnológicas das últimas décadas, Manuel Castells observou que, na “era da Informação (...) os meios de comunicação não são os detentores do poder”. Este emana con temporaneamente das “redes de troca de informações e de manipulação de símbolos que estabelecem relações entre atores sociais, instituições emovimentos culturais. 1 Temos aí o diagnóstico de um mundocaracterizadopelacapacidadedis cursiva das organizações e dos cidadãos. Para compreendê-lo é necessário retor nar ao ano em que Marshall McLuhan vislumbrou a sua aldeia global, metáfora de umplaneta onde todos podiamse co municar entresi, emrelaçõesmotivadase dinamizadaspela sinergiadomeioepela sedução da oralidade. 2 Nas décadas seguintes, porém, o acelerado potencial difusor das tecno logias de informação produziu novos ordenamentos sociais, novos compor tamentos culturais e novas relações de poder , fortalecendo os movimentos periféricos 4 . A metafórica “tribo” da “Aldeia Global”, que para McLuhan era de pessoas, passou a ser formada por sujeitos institucionalizados, estra Arquivo ESPM
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