Maio_2002 - page 80

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Revista daESPM –Maio/Junho de 2002
car conteúdo nas propostas. Não
deveria ser assim. Omarketingde-
veria seguir amelhor forma de ex-
por as propostas. Mas, como no
Brasil háessa faltade consistência
do político, ele acaba esperando
que o marketing lhe dê uma solu-
ção a tudo.
FG
–Existe realmentemarketingpo-
líticoouapenasmarketingeleitoral?
Stalimir
–Eume sinto incompeten-
te para responder a essa pergunta.
Emmanuel
–Euachomuitosimples.
Omarketingeleitoral éumapartedo
marketing político. Justamente, o
grandeproblemadoBrasil éque se
faz só marketing eleitoral e não se
faz marketing político. Marketing
político é a aplicação das regras de
marketingnumprocessopolíticoque
engloba também as eleições.
JR
–Masporpartedequem?Quem
seria os agentes domarketing polí-
tico?
Stalimir
–O partido, o candidato, a
instituição.
JR
–Que instituição?
Stalimir
–Qualquer instituiçãopode
fazer marketing político. Se ela de-
sejar influenciar algum tipo de deci-
são noministério da educação, ela
vai fazermarketing político.
JR
– Isso não é
lobby
?
Stalimir
Lobby
é outro instru-
mento do marketing político. E
marketing eleitoral é um pedaci-
nho domarketing político que, la-
mentavelmente, noBrasil, se con-
funde commarketing político.
JR
– Gracioso, você acha que
foram devidamente explicadas as
diferenças entre omarketing po-
lítico e o marketing de produtos
e serviços?
Gracioso
–Gostei bastante da de-
finição que o Emmanuel deu. Tam-
bém, naminhaopinião, omarketing
eleitoral é parte de um todo que eu
pelo menos chamo de marketing
político.
Stalimir
–Acho importante a gente
registrarqueomarketingpolíticonão
começou com o DudaMendonça e
oNizanGuanaes.
Elysio
– Não começou, mas pode
acabar.
JR
–Ótimo.Opróximo itemdapau-
taéopanoramaatual noBrasil – tra-
balhodenossosprofissionais.E,por
sugestão do Gracioso, a influência
da legislaçãobrasileiranisso.OBra-
sil éoúnicopaísdomundoqueabre
espaço nosmeios de comunicação
“gratuito” – entre aspas porque nós
é que pagamos, como tudo aquilo
que o governo abre para o uso de
todos, quem paga são os contribu-
intes.Nóspoderíamosabordaresse
itemdaseguinte forma: deum lado,
“Quandosetrata
depessoas,você
lidacomoutras
variáveis;éum
produtoque fala,
quefica
menstruado, tem
TPM,arranja
namorado...”
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