Revista da ESPM - MAR-ABR_2008

13 MARÇO / ABRIL DE 2008 – R E V I S T A D A E S P M o país que exporta produtos os mais variados. A promoção do Brasil na área do turismo de negócios e even- tos precisa focar nesses aspectos. CLÁUDIA – Que resultados foram obtidos até agora? JEANINE – Crescemos. Saímos do 21 o lugar em 2002 para o 7 o lugar em 2006. Sobre 2007 os dados de- vem estar saindo agora, mas nós já realizamos mais eventos em 2007 do que em 2006. Porém, os dados mais importantes que temos são os do Banco Central. Tivemos, no ano passado, quase 5 bilhões de dólares em divisas no Banco Central. Então qual é o principal resultado? Conse- guimos trazer mais pessoas, que ficam mais tempo, gastam mais dinheiro e visitam mais cidades. Você diversifica a oferta, segmenta, encontra uma série de nichos para trabalhar e, ao mesmo tempo, faz a aposta correta. A nossa aposta não é no número de pessoas. Até porque, precisamos entender como as pes- soas podem chegar ao nosso conti- nente – por terra, só é possível pela região sul, porque temos a floresta amazônica e a cordilheira dos An- des, e fazemos fronteira com uma série de países pequenos. Os prin- cipais emissores de turistas estão na Europa e no continente americano, e estas pessoas só chegarão aqui de avião. Podem até chegar de navio, mas a maioria chega de avião. Sabemos que, quando uma companhia aérea pede um avião hoje, terá de esperar de 3 a 4 anos. Temos de lidar com as oportuni- dades, mas, sobretudo, fazer do turismo uma atividade que traga divisas e contribua para o desen- volvimento socioeconômico. CLÁUDIA – Você falou da aviação. Como vê a crise aérea brasileira? JEANINE – A partir de julho de 2006, quando aVarig deixou de operar – isso influenciou na distribuição doméstica e internacional de passageiros –, em paralelo a um crescimento no tráfego de passageiros dentro do Brasil, e a conseqüente carência de oferta de acentos.Temos tambémdiversas e con- hecidas deficiências de infra-estrutura, e os diversos problemas estão sendo tratados. A crise da Varig influenciou profundamente, porque se deixou de ofertar quase um milhão e meio de assentos, somente no mercado inter- nacional. Levamos mais de um ano para recuperar o que perdemos. Mas sabia que estamos, agora, melhor do que estávamos quando aVarig voava? Tínhamos, em média, 720 vôos inter- nacionais, em 2006, quando a Varig ainda atuava em todos os mercados e, hoje, temos, em média, cerca de 900 vôos internacionais.Não só temosmais vôos como crescemos.As brasileiras se recuperaram, estão crescendo lenta- mente e as estrangeiras aumentaram; têmaviõesmaiores.Ademanda para o Brasil nãodiminuiu,mas aumentou.No ano passado, o Brasil bateu recorde de Ð Lençóis Maranhenses (MA) - Foto: Divulgação / Embratur É PRECISO UMA COMBINAÇÃO DA ECONOMIA COM SUSTENTABILIDADE AMBIENTAL Jeanine Pires

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