RESPM JUL_AGO_SET 2017
julho/agosto/setembrode 2017| RevistadaESPM 77 grandes conglomeradosbancários comatuação emmúlti- plos segmentos, enquantooprogressodas comunicações permite a integração das suas atividades financeiras em diferentes partes do globo. Recuperados da ressaca da crise da dívida dos países emdesenvolvimento nos anos 1980, os grandes bancos norte-americanos, europeus e japoneses ampliamsua atuação internacional. OPlanoBrady,naviradadosanos1980para1990,encontra umasaídaapoiadanomercadoparaacrisedadívidadospaí- sesemdesenvolvimento, pormeiodasuasecuritização.Os “ bradies ”consolidamasoluçãodacrisedadívidaeiniciama transformaçãodoendividamentosoberanodedívidabancá- riaparadívidacombaseemtítulos(bônus),distribuídosem umabaseampladeinvestidoresinstitucionaisouindividuais. Os países emdesenvolvimento voltama ter acesso a recur- sosfinanceirosexternos,agorasobaformadoslançamentos debônus, negociadosemmercadosdedívidasecundários. Com os acordos Plaza, em 1985, relativamente bem- sucedidos quanto aos seus objetivos imediatos, e Louvre, em1987, relativamentemenos eficaz, exaurem-se as últi- mas grandes tentativas de ação coordenada e sustentada entre as principais economias para direcionar paridades das principais moedas de utilização internacional. Con- solida-se, assim, no início dos anos 1990, o regime cam- bial de taxasflutuantes comosubstitutodas taxasfixasde BrettonWoods, rompidaspelosEstadosUnidosem1971.O mercado financeiro liberalizado e global evolui de forma complementar aonovo regime eprogridemos instrumen- tosfinanceiros “derivativos” como formadeproteçãopara variações cambiais e de outros ativos. No campo dos investimentos transnacionais, os avan- ços nas tecnologias de informação e comunicação, num quadro de liberalização comercial e financeira, permiti- ramo fracionamentodaproduçãoentrepaíses emgrande AÁsia, quepormeiodomodeloexportador reduziuapobreza eampliouaurbanização, aumentouademandadealimentos ediversificougradualmenteseupadrãodeconsumo shutterstock Politicamente, oprojetopró-globalizaçãonunca foi consensual nemisentodecontrovérsias. Basta lembrar dos protestosnaConferênciaMinisterial deSeattle, em1999 shutterstock
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