RESPM JUL_AGO_SET 2017

Posicionamento Revista da ESPM | julho/agosto/setembrode 2017 66 Esta,porsuavez,teriainícionosportosdeQuanzhouGuan- gzhou, Beihai eHaikou, nosul daChina, deonde, passando porKualaLumpur,naMalásia,seguiriaatéCalcutá,naÍndia, e, pormeiodooceanoÍndico, paraNairóbi, noQuênia.Con- tornando, nasequência, o “chifre”daÁfrica, a rotachegaria aoMar Vermelho e aoMediterrâneo, comuma parada em Atenas,antesdeseencontrarcomarotaterrestre,emVeneza. OpreâmbulodoComunicadoConjuntorevelaoescopo da Cúpula de Pequim: “More than two millennia ago the diligent and courageous people of Eurasia explored and opened up several routes of trade and cultural exchanges that linked the major civilizations of Asia, Europe and Africa, collectively called the Silk Road by later generations. For thousands of years, the Silk Road Spirit — ‘peace and cooperation, openness and inclusiveness, mutual learning and mutual benefit’ — has been passed from generation to generation, promoted the progress of human civilization, and contributed greatly to the prosperity and development of the countries along the Silk Road. Symbolizing communication and cooperation between the East and the West, the Silk Road Spirit is a historic and cultural heritage shared by all countries around the world... In the 21st century, a new era marked by the theme of peace, development, cooperation and mutual benefit, it is all the more important for us to carry on the Silk Road Spirit in face of the weak recovery of the global economy, and complex international and regional situations”. Como se lê, para os participantes da reunião, a econo- mia mundial está passando por mudanças profundas, que apresentam oportunidades e desafios — que interli- gamas regiões da Ásia e da Europa, podendo estender-se à África e à América do Sul: “…Noting that the Silk Road Economic Belt and the 21st Century Maritime Silk Road (The Belt and Road Initiative) can create opportunities amidst challenges and changes, we welcome and support the Belt and Road Initiative to enhance connectivity between Asia and Europe, which is also open to other regions such as Africa and South America…”. Sintomaticamente, a América do Norte não é men- cionada. Será porque as Américas não faziam parte do roteiromilenar original, embora o traçado atual sugira a inclusão da América do Sul? Seria proposital? Seriamos Estados Unidos de Donald Trump o alvo principal desta lacuna? Seria essa uma “revanche” sínica pela não par- ticipação da China na Parceria Transpacífico de Barack Obama, ante as precondições impostas pelos norte-a- mericanos, que exigiriammudanças de tal sorte funda- mentais nas estruturas legais e sociais dos chineses. Tais interferências inviabilizaramqualquer possibilidade de a RPC aderir ao acordo (que seu sucessor denunciou como primeiro ato de seu governo)? Seria o redesenho da TPP: “ exit Estados Unidos e incluit China”? O comunicado faz menção a temas relevantes (cer- tamente, para Xi Jinping). O primeiro deles é o compro- misso comamultipolaridade e a globalização da econo- mia mundial, apoiadas nas tecnologias da informação. A esses preceitos se seguemo respeito à diversidade cul- tural, o apoio ao livre comércio e ao regionalismo aberto. O texto ressalta igualmente o trânsito livre dos fatores econômicos, a alocação eficiente dos recursos e uma profunda integração dos mercados, que conduza a uma cooperação regional de maior nível ( higher standards ). São individualizados como princípios para nortear a associação: consultas empé de igualdade ( equal footing );

RkJQdWJsaXNoZXIy NDQ1MTcx