RESPM MAI_JUN 2016
Revista da ESPM |maio/junhode 2016 72 Cenário “Trata- se de uma mudança cultural, e as empresas da inicia- tiva privada, independentemente do segmento de atuação, têm um papel importante na implemen- tação. É uma forma de transmitir aos colaboradores qual é a con- duta esperada dentro e fora do ambiente de trabalho. Logo, não adianta ter um código de condu- ta, políticas e treinamentos se não houver aderência por parte das pessoas. Ao implementa r um programa de compl iance, a intenção é criar uma cultura dentro da empresa por meio de comun icações, t reinamentos, feedbacks , sobre as legislações aplicáveis aos negócios, valores da organização e conduta espera- da. Isso traz vantagens significa- tivas tanto para clientes, forne- cedores e acionistas como para os próprios colaboradores, que se sentem seguros, orgulhosos e motivados, de forma que o enga- jamento conquistado transmite a sensação de que o funcionário é o ‘dono do negócio’ e que sua atitude faz a diferença.” Teoria “No Brasil, o Santander co- meçou a estrutura de compliance a partir da implantação da Uni- dade de Prevenção à Lavagem de Dinheiro, em 1998, porém já havia uma estrutura global situ- ada em Madri, desde a origem do banco no país. Nossa estrutura conta com a atuação ativa dos profissionais de compliance que atendem às diversas áreas e pú- blicos do Santander. Temos um programa de comunicação para todos os funcionários do banco e os profissionais de compliance seguem as diretrizes de comuni- cação interna para disseminar temas como conduta, anticorrup- ção, conflitos de interesses, pre- venção à lavagem de dinheiro, entre outros, por meio de treina- mentos presenciais e on-line, ve- ículos internos e reuniões de ne- gócios com os executivos e com as áreas operacionais. O grupo Santander Brasil possui comitês execut ivos e operaciona is de compliance, nos quais funcio- nários e executivos analisam e discutem temas de compliance, a fim de proporcionar melhorias contínuas no cotidiano da em- presa. A diretoria de compliance no grupo Santander Brasil é in- dependente e tem duas linhas de reporte local, sendo uma para o CEO e outra para o conselho de administração, além de um re- porte para a head de compliance global.” Prática “Nossa responsabilidade é a de estabelecer um programa efetivo de compliance, que permita nos anteciparmos aos riscos atrela- dos aos negócios do grupo e tam- bém implementa r cont roles e monitoramento a partir da disse- minação da ‘cultura do bem’. Nos- so objetivo não é fazer complian- ce, mas sim ser compliance! São notáveis os avanços dos temas de compliance no grupo Santan- Terceiro maior banco privado por ativos do Brasil, o Santander já chegou ao país com um sistema de compliance importado da Espanha. Mara Garcia, diretora de compliance da instituição financeira, mostra como está a área que é conhecida por disseminar a “cultura do bem” santander | Mara Garc i a “Nossoobjetivonãoé fazer compliance,mas simser compliance!”
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