RESPM MAI_JUN 2016
maio/junhode 2016| RevistadaESPM 57 e s p e c i a l c o m p l i a n c e n o b r a s i l ajudou a Siemens a contornar um dos maiores escân- dalos corporativos da história da Alemanha. Na época, uma investigação nos Estados Unidos reve- lou que, entre 2001 e 2007, a Siemens pagou US$ 1,4 bilhão empropinas a autoridades de 20 países, em troca de contratos públicos. Giovanini lembra de três atitudes tomadas pela Siemens que foramessenciais para garan- tir a sobrevivência da centenária companhia de origem alemãacusadade infringir a lei anticorrupçãoamericana, a Foreign Corruption Practices Act (FCPA). A primeira ação da companhia foi demitir todos os profissionais do alto escalão citados na investigação, incluindo o então presidente Klaus Kleinfeld. “Um novo board, liderado por Peter Löscher, assumiu comamissão de implantar na Siemens a cultura da integridade.” A segunda iniciativa foi realizar um grande acordo com as autoridades a lemãs para a apuração das denúncias. Durante um ano e meio, uma investiga- ção interna foi feita nos escritórios da companhia presente em mais de 200 países. Tal ação resultou em uma multa de US$ 800 milhões paga pela com- panhia às autoridades americanas e mais US$ 500 milhões pagos às autoridades europeias. “Se a Sie- mens não tivesse tomado a dianteira e feito o traba- lho de maneira proativa, o valor da multa poderia ter sido de duas a três vezes maior”, assegura Giovanini, justificando a terceira atitude da empresa naquela ocasião. “Em paralelo às investigações, criamos um sistema mundial de compliance para evitar que esse problema voltasse a ocorrer”, comenta Giovanini, latinstock Em2007, a Siemens contratouPeter Löscher como onovo CEOda companhia e investiuna criação de umprograma completo de compliance para contornar umdosmaiores escândalos corporativos dahistória daAlemanha
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