RESPM MAI_JUN 2016

maio/junhode 2016| RevistadaESPM 109 shutterstock atoresnissoquechamamosdepúblico, ogovernoeasociedade. Adiscussãosobreasociedade,apartirdalógicacorporativa,devepas- sarpeloqueatualmenteéchamadoderelaçõesinstitucionais,bemcomo peloprópriosentidodaexistênciadaempresa,deseusprodutosouser- viçosedeseucomprometimentoemrelaçãoaosdiversosstakeholders. Por outro lado, quandopensamos na relação entre a corporação e o governo,entramosmaispuramentenaquiloqueéchamadoderelações governamentais.Nessecaso,asrelaçõesserevestemdeumadelicadeza incrivelmentemaior namedida emque o governo desempenha dois papéis de grande impacto nomundo corporativo: regulamentação da economiaecomprasgovernamentais. O governo, com isso, se torna tambémumator de natureza econô- mica e comumpoder desproporcional emrelação aos demais atores. É essa a condição que leva aos incentivos para atuações comretornos econômicos, porémque não necessariamente são condizentes coma éticaealegalidade.Ouseja,ocenáriodeestímuloàspráticascorruptas émontado,independentementedosatoresenvolvidos.Entretanto,isso nãosignificaquegovernoe corporaçõesdevamaceitar essa realidade eoperarcompráticascorruptas.Aocontrário,deveseroelementoque fazcomquetodos—atéaprópriasociedade—devambuscar,continua- mente, pormecanismos que impeçama corrupção. Confira, a seguir, algumas das temáticas que devemser tratadas nesse esforço, como o papeldosprofissionaisderelaçõesgovernamentais,asagendastrans- nacionais de combate à corrupçãoeoestabelecimentodepolíticas de compliancedentrodascorporações. As relações governamentais Maria formou-se embiologia, fez uma carreira brilhantenuma indús- tria do ramo farmacêutico. Em um estágiomaisavançadodacarreira migrou da área técnica para a área executiva e acabou se tornandoadiretoraderela- ções governamentais da empresa. Esta história fictícia não está longe darealidadequeacon- tece com a maioria

RkJQdWJsaXNoZXIy NDQ1MTcx