RESPM MAI_JUN 2016

Revista da ESPM |maio/junhode 2016 108 Afórmulaparao combateàcorrupção naempresa,no governoenasociedade Ocompliance temsidovistopormuitasempresascomoa soluçãomágicaparaocombateàcorrupção.Asolução nãoé tãosimplesassim, principalmentequandooassunto abordaas relaçõesentregovernoeempresa Por Rodrigo Cintra C ompliance e relações governamentais, dois temas que se mostram sen- síveis e potencialmente tensos dentro domundo corporativo. Entre dois extremos — de ser apenas um discurso vazio ou um conjunto de proces- sos complexos, que deixam o mundo corporativo mais lento —, muito vem sendo discutido sobre a sua real importância. Pode-se perceber uma proxi- midade cada vez maior entre os dois, que se apresenta como uma solução mágica para o combate à corrupção por parte das corporações. A realidade, no entanto, é um pouco mais complicada. Corrupção é um tema antigo, e o mundo político vem lutando contra isso, com maior oumenor nível de sucesso, ao longo dos tempos. A busca pela transparência, juntamente com a consolidação de processos claros na relação entre o público e o privado, se apresenta como algo importante na medida em que as democracias se consolidam. No outro lado da moeda, as empresas tambémdesenvolvem suas prá- ticas e formas de atuação, objetivando uma melhor relação com o público. Dentrodessemovimento,umadiferenciaçãoquedeveserfeitaéemrelaçãoaoquesig- nificapúblicoapartir da chamada relaçãopúblico-privado. Emgeral, a ideiade governo, emsimesma, é igualadaà ideiadoqueépúblico. Noentanto, quandopensamosnaatua- çãodomundocorporativonoambientepúblico, oque temoséqueexistemcategoriasde Relações governamentais

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