RESPM-JAN_FEV 2016
JANEIRO/FEVEREIRODE 2016| REVISTADAESPM 25 de recursos humanos (ter a certeza de que temos as pessoas certas nos lugares certos) e dos nossos for- necedores e concessionários, da constante inovação e, claro, da redução de custos.” Ele afirma ainda que a Toyota tem trabalhadomuito para reduzir os custos. “Mas não devemos confundir redução de custos com redução de qualidade. Na ver- dade, todo esse trabalho visa deixar as nossas ope- rações mais competitivas, reduzir gordura. O que é totalmente diferente de usar matéria-prima de baixa qualidade, por exemplo, o que poderia causar uma redução de qualidade.” Como exemplo, Bastos cita as salas que amontadora mantém em todas as suas unidades no Brasil, as cha- madas “Obeya” — palavra em japonês que significa “sala grande”. Nessas Obeyas, todas as áreas da empresa se reúnemperiodicamente para apresentar para os mem- bros do conselho diretivo o andamento da operação. Todas as áreas levam para essa sala relatórios que indicam seu desempenho. Resultado: durante as reu- niões, todas as paredes da sala ficam cheias de papéis, relatórios e gráficos, do chão até o teto. Analisando o desempenho de cada área da empresa, os diretores con- seguem ter uma visão do todo. E assim tomar decisões estratégicas. No caso das Obeyas de redução de custo, são analisados os pontos nos quais é possível fazer reduções. “O objetivo é justamente pensar em soluções que ajudemo nosso negócio e até aumente a qualidade do nosso produto e a satisfação do nosso cliente. É um grande desafio, mas estamos conseguindo.” Com a lição de casa em dia, a Toyota está confiante na retomada do crescimento da indústria automobi- lística nacional, no longo prazo. “O Brasil tem uma média de dois veículos para cada dez pessoas. É um número muito baixo se compararmos com os Esta- dos Unidos e o Japão. Na verdade, hoje, nós estamos no mesmo nível que o Japão estava durante a década de 1970. Além disso, mesmo com a queda do mercado de carros novos em 2015, o mercado de carros usados apresentou um crescimento. Ou seja, a demanda por carros ainda existe, e é por isso que estamos confian- tes”, ressalta o executivo da montadora, que segue investindo no Brasil, com a ampliação de sua fábrica na cidade paulista de Sorocaba, de 70 mil para 108 mil unidades ao ano, e a inauguração de uma nova fábrica de motores, na cidade de Porto Feliz, no pri- meiro semestre de 2016. “Veja, se a nossa árvore tiver raízes fortes, enterradas fundo no solo, e se o nosso tronco for firme, os frutos virão naturalmente. Nessa analogia, os frutos são o resultado de todo esse tra- balho, ou seja, ter clientes cada vez mais satisfeitos e aumentar nosso market share”, conclui Bastos. RicardoBastos, daToyotadoBrasil: ”Senossaárvore tiver raízes fortesesenosso tronco for firme, os frutosvirão” divulgação Nãodevemos confundir reduçãode custos comreduçãode qualidade. Todo esse trabalho visadeixar as operações mais competitivas, reduzir gordura
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