RESPM-JAN_FEV 2016
JANEIRO/FEVEREIRODE 2016| REVISTADAESPM 23 todasasáreas:comopodemossermaiseficientes?”,ensina Prianti. “Muitas vezes, para você otimizar o roteiro de entrega de mercadorias, precisa voltar umpasso atrás e rever os processos da área de vendas, por exemplo. Deste exercíciopode surgir uma formanovade tirar pedidos ou ainda antecipar compras, visando realizarmais entregas emumúnico dia comummesmo caminhão.” Outra prática que sempre gera uma boa redução de custos é a análise criteriosa da carteira de clientes de uma empresa. “Muitas vezes, você acaba desco- brindo que tinha um número excessivo de clientes e que, para ser mais eficiente, em vez de vender para dez mil clientes, o melhor seria vender para 3,5 mil atacadistas, que ficariam encarregados de distribuir seu produto ao varejo junto com outras mercadorias. Ao abrir mão da distribuição, você pode ganhar em escala e custo.” Mas, para adotar esse tipo de estra- tégia, a marca precisa ser forte e ter capacidade de influenciar o mercado, para que a empresa não fique na mão do distribuidor. Na lista de cortes sugeridos por Prianti, o portfólio também aparece como um dos itens a serem estuda- dos. “Se aplicarmos a Lei de Pareto, naquilo que é ven- dido por uma empresa de qualquer segmento, vamos verificar a seguinte situação: 70% das vendas estão con- centradas em cinco ou dez itens, no máximo. Todos os outros 30 produtos que fazem parte do portfólio estão lá apenas gerando custo e ocupando lugar no estoque, porque a equipe demarketing lançou coisas demais no último ano”, alerta o consultor. “Um dos aspectos das boas práticas empresariais é saber que tem um prazo para a empresa retirar o que não deu certo no mercado e partir para outros caminhos.” Segundo ele, espaço para enxugar as despesas tem em todas as áreas, mas o importante é não cometer o erro de mandar cortar em 10% as despesas de todos os departamentos. “A questão aqui é qual será a inefici- ência que esse corte generalizado vai gerar em todo o negócio. Essa redução de despesas precisa ser feita de maneira inteligente e combinada entre as áreas, que precisam, obrigatoriamente, trabalhar em conjunto.” Aqui, a melhoria é contínua! Os indicativos de mercado mostram que as empresas adeptas da cultura da eficiência — por meio do Kaizen, do OBZ ou de qualquer outro tipo de metodologia — são as que estão se saindo melhor nesta crise. A Toyota, por exemplo, foi destaque na imprensa por figurar entre as poucas montadoras que ganharammercado e cresceram com a crise em 2015. Para Ricardo Bastos, Coma faltade vendas e osmercados em queda, a alternativapara o empresário sobreviver às turbulências do cenário atual é reduzir custos fixos e variáveis shutterstock
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