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Revista da ESPM | setembro/outubrode 2015 68 Globalização N o fimdo século passado, uma série de acon- tecimentos alterou significativamente o comportamento da economia mundial. Uma dessasmudanças foi o surgimento das cadeias globais de valor (CGVs) como uma nova alterna- tivadeorganizaçãodas relações entrediferentes agentes econômicos. Embora universal, esse fenômeno vem se desenvolvendo commaior intensidade no espaço geo- gráfico asiático, em especial entre os mais dinâmicos países do Leste Asiático. De acordo com a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), participar de uma CGV é condição necessária para o crescimento e o desenvolvimento econômico para os países, prin- cipalmente para as economias emergentes. Nessas nações, bemcomo nos países desenvolvidos, as empre- sas multinacionais se apresentam como as grandes protagonistas na coordenação das cadeias de produ- ção e comércio global, com transações que envolvem redes de subsidiárias, fornecedores, distribuidores e demais parceiros estratégicos. Estima-se que essas transações representem80% do comércio global, como aponta o relatório Implications of global value chains for trade, investment, development and jobs , produzido pela OCDE, em parceria com a Organização Mundial do Comércio (OMC) e a Conferência das Nações Uni- das sobre Comércio e Desenvolvimento (Unctad, na sigla em inglês) para a Cúpula dos Líderes G-20, que ocorreu em setembro de 2013. Nesse cenário, a região do Leste Asiático vem se destacando na utilização da 1985 I J J U C J J U U S M M K T I N N T S M M S S M S 2000 2005 Exportação produto final 1990 1995 K P T N J C N T P I K Evolução das cadeias globais de produção no Leste Asiático (1985-2005) Fonte: World Trade Organization & Ide-Jetro (2011). Trade patterns and global value chains in East Asia , p.75. Notas: C=China; I=Indonésia; J=Japão; K=Coreia do Sul; M=Malásia; N=Taiwan; P=Filipinas; S=Cingapura; T=Tailândia; U=EUA.