RESPM-MAI_JUN-2015-alta
maio/junhode 2015| RevistadaESPM 61 4. Pesquisas com técnicas biométricas — As pesqui- sas biométricas analisam as respostas presenciais das pessoas a determinados estímulos, possibilitamavalia- ções de preferência e rejeição, de forma gradual, e permi- temobter informações que não seriamverbalizadas de forma racional. Alguns exemplos são: monitoramento da respiração e dos batimentos cardíacos, avalição da atividade cerebral e a observação e o registro da pupila e dos movimentos dos olhos. O ideal é que esses méto- dos sejam utilizados como complementares a outros métodos de pesquisa. 5. Compra virtual — Usa-se como estímulo uma simulação de loja virtual para possibilitar uma expe- riência de compra dos participantes da pesquisa. É uma boa forma de testar questões de varejo como colocação e posicionamento de produtos no ponto de venda, layout de lojas, embalagens, promoções etc. A ideia é replicar uma situação real de ponto de venda e monitorar o comportamento das pessoas, em vez de fazer perguntas diretas sobre comporta- mento de compra. 6. Pesquisas nas redes sociais — As redes sociais dominaram a internet e já estão incorporadas ao coti- diano das pessoas e influenciam, diretamente, o seu padrão de consumo. Por isso, é obrigação dos pesqui- sadores desenvolverem formas demonitorar esse novo comportamento para obter conhecimento e vantagem competitiva. Algumas formas de desenvolver pesquisa nas redes sociais: • Análise das redes sociais: simplesmente, pesquisar o que acontece nas redes sociais. Por exemplo, conhecer o percentual e perfil de usuários do Facebook ou do Twit- ter, auxiliando a definição de ações nessas plataformas. • Pesquisa utilizando dados das redes sociais: existe uma infinidade de informações que podemser obtidas das redes sociais que ajudama entender tendências e comportamen- tos e gerar vantagemcompetitiva para empresas emarcas. • Pesquisanas redes sociais: usaras redes sociais comoplata- formade contatocomopúblicode interessedeumaempresa ou marca. As empresas de pesquisa têm desenvolvido pai- néis on-linede internautas, usandoomodeloparaatingir os diferentes públicos, de forma rápida e segura. Amaior parte desses métodos já tem sido usada com regularidade noBrasil. Outros estão apenas começando a aparecer em nosso país. O fato é que, independente- mente do método que se pretenda utilizar para pesqui- sar os consumidores, é importante que os conceitos básicos de integridade dos dados não sejamabandona- dos. Não se deve esperar que uma pesquisa demercado apresente a verdade absoluta, porémela precisa expres- sar, de forma confiável, os padrões de umdeterminado público de interesse. Para isso, é necessário garantir a integridade dos dados coletados e interpretados. Com todo o desenvolvimento do chamado big data, dos artifí- cios para a visualização de dados e infográficos, corre-se o risco de esquecer os princípios básicos de integridade dos dados e acabar gerando informações bemapresen- tadas, porém com conteúdo duvidoso. Paulo Carramenha Sócio-consultor da Sevendots e professor de comportamento do consumidor dos cursos de pós-graduação da ESPM Empaísescomo Inglaterra, França, HolandaeAlemanha, cercade75%dosorçamentosparaaspesquisassão destinadosaosprojetoson-line.NoBrasil, essepercentual aindaébastante inferior latinstock
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